Desde 2008, o preço de fertilizantes vinha em uma alta crescente, atingindo patamares históricos. Contudo, agora o setor tem motivos para comemorar: Isso porque houve a redução de até 70% no valor do insumo, equalizando a demanda para 2023. Agora, a perspectiva é de superar o recorde de produção de 46,4 milhões de toneladas, marca alcançada em 2021.
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A perspectiva otimista é da Associação Nacional de Difusão de Adubos (ANDA) e foi anunciada durante reunião no Ministério da Agricultura e Pecuária. Nesse sentido, o ministro Carlos Fávaro afirma que o maior beneficiado será o consumidor final. Na prática, a ação deve representar alimentos mais baratos nos supermercados.
Cenário mundial
No último ano, por conta da guerra entre Rússia e Ucrânia, pode-se falar em uma volatilidade do setor. Nem suma, tal cenário encarecer o preço do fertilizante, impactando diretamente o custo de produção do alimento e, por fim, o preço dos alimentos.
Hoje já se fala em uma baixa entre 60% e 70%. Segundo Fávaro, isso “significa que a dona de casa vai poder encontrar o alimento mais barato nas gôndolas do supermercado”, completou.
Nesse sentido, Eduardo Monteiro, presidente da ANDA, reforça que os fertilizantes reduziram, em média, 70% para os nitrogenados e 60% fósforo e cloreto. Essa redução impacta diretamente a produção de alimentos. Portanto, o cenário esperado para o setor é de deflação e retomada da produção. Daí é que vem a perspectiva de novos recordes de produção.
Impacto
Esse aumento na produção de fertilizantes, em suma, além de influenciar diretamente o preço final do alimento, pode ser um aliado na hora de intensificar a produção sustentável.
“Se nós queremos, através da sustentabilidade – que é a nossa palavra de ordem – intensificar a produção brasileira com a conversão de pastagens, sem desmatamento, isso só vai acontecer se tivermos fertilizantes disponíveis”, enfatizou o ministro.
Por fim, o governo federal tem sinalizado no sentido de se estruturar um planejamento para que o Brasil possa ser cada vez menos dependente da importação de insumos, oferecendo, assim, mais segurança aos produtores. O objetivo é que o país siga construindo uma história como protagonista mundial quando o assunto é a produção de alimentos.