O Centro de Controle de Doenças (CDC), dos Estados Unidos, registrou um aumento de casos de 756 para 1.47 somente em 2021. Na prática, apesar de a pesquisa não englobar dados de 2022, informações do site da instituição apontam que, nos últimos doze meses, esse número chegou a 2.377. Contudo, é importante ressaltar que pessoas saudáveis não correm risco de morte ao contrair o fungo.
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Ainda assim, pessoas com sistema imunológico comprometido e que utilizam algum dispositivo médico, como ventilador ou cateter devem ficar atentos. Isso porque, tais grupos correm o risco de complicações ou até mesmo de morte.
Superfungo
O microorganimos da espécie Candida auris representa um risco aos seres humanos justamente porque tem resistência a vários medicamentos antifúngicos comuns. Nesse sentido, algumas cepas são resistentes, por exemplo, às três principais classes de fármacos: polienos, azóis e equinocandinas.
Na prática, é preciso ficar atento porque é difícil identificar sintomas específicos da infecção. Isso ocorre porque, na maioria das vezes, os pacientes infectados são contaminados em hospital, por já estarem doentes. Em suma, os sintomas variam conforme a região do corpo mais afetada. Se houver infecção sanguínea, por exemplo, febres e calafrios farão parte dos sintomas mais comuns.
Território nacional
O superfungo já chegou ao Brasil. Prova disso, são pelo menos três surtos que ocorreram entre o final de 2021 e 2022. O caso mais grave foi em um hospital no Recife, quando houve a confirmação de 48 casos.
A partir destes casos, cientistas da Fiocruz focaram em pesquisa para detalhar o surto. O material foi publicado na revista científica Frontiers in Cellular and Infection Microbiology. Por fim, o estudo se baseia em nove casos, sendo sete homens e duas mulheres, com idades entre 22 e 70 anos. A pesquisa aponta que a “identificação rápida e precisa dessa espécie é essencial para o manejo, controle e prevenção de infecções”.