Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) incluiu na lista de “precursoras de entorpecentes e psicotrópicos” as substâncias usadas para a produção do fentanil. A ação tem o intuito de facilitar a ação policial para apreensão de itens usados para a fabricação ilegal da “droga da morte”, como é o conhecido o fentanil nos Estados Unidos.
Leia mais: Parece droga, mas não é! Saudade pode gerar sintomas físicos ‘cruéis’
Vale lembrar que o fentanil é cem vezes mais potente do que a morfina e pode bloquear a circulação respiratória.
Uso da droga
A substância é originalmente um sedativo opioide de uso hospitalar. Além disso, ela é responsável por milhares de mortes nos Estados Unidos. Isso porque vem sendo usada misturada à cocaína, o que está gerando estado de alerta em autoridades de saúde e de segurança pública em todo o país.
Em fevereiro, houve a primeira apreensão de ampolas de fentanil no Brasil. A droga estava junto a malotes de maconha e cocaína em um depósito no Espírito Santo. E é por isso que a inclusão da fentanil na lista da Anvisa se tornou uma forma de tentar combater a entrada e o uso da droga no país.
Na prática, a ação dá base legal à polícia para barrar a fabricação clandestina do entorpecente.
Componentes
Apesar de o Brasil ter empresas que sintetizam a fentanila, boa parte da matéria-prima é fruto de importação. Nesse sentido, foram incluídas as substâncias 4-AP; 1-boc-4-AP e Norfentanil à lista da agência. Elas são as mais usadas para a fabricação ilícita de fentanila.
Vale lembrar que esta já é uma substância controlada no Brasil e, por isso, o seu uso segue as orientações do Sistema Nacional de Políticas Públicas sobre Drogas (Sisnad). Agora, com a inclusão das substâncias na lista de “precursoras de entorpecentes e psicotrópicos”, o combate ao uso do fentanil no país ganha mais força.
A droga é cem vezes mais potente do que a morfina e é usada legalmente para reduzir dores muitos fortes, contudo é preciso estar atento ao uso, visto que ela pode bloquear a circulação respiratória, levando o indivíduo à morte.