Certamente, você já precisou ficar algumas horas a mais sem dormir para terminar um trabalho ou assistir a um filme, por exemplo. Porém, basta passar um pouco do horário costumeiro de sono para começar a sentir os efeitos indesejáveis de sua privação. No entanto, o que um adolescente de 17 anos fez foi algo inacreditável.
Veja também: Acordando exausto todo dia? Veja 5 dicas para dormir como um anjo
Randy Gardner tentou quebrar o recorde de mais tempo sem dormir
No ano de 1964, Randy Gardner, aos 17 anos, teve uma ideia para seu projeto de ciência ao lado do amigo Bruce McAllister. Os dois adolescentes resolveram quebrar o recorde mundial de ficar sem dormir. Naquele ano, esse recorde era de 11 dias, ou seja, cerca de 260 horas de privação do sono.
O objetivo do teste era explorar os efeitos que privação do descanso poderia causar em cada um deles. Mais tarde, MacAllister admitiu que ele e seu amigo eram apenas “dois jovens idiotas”.
Em um sorteio entre a dupla, Gardner foi eleito a ser a cobaia do teste e ele ficaria sem dormir. MacAllister tentaria permanecer acordado para monitorar o que acontecia, porém, precisou da ajuda de outro amido. William Dement se juntou aos adolescentes – ele é pesquisador do sono na Universidade de Stanford.
Alteração da saúde
A privação de sono pode causar muitos efeitos indesejáveis, como falta de memória, dificuldade de equilíbrio, delírios, aumento da pressão arterial e problemas cardíacos, por exemplo.
Durante o processo, Gardner mostrou alterações de humor, dificuldades de concentração, perda de memória de curto prazo, paranoia, alucinações, etc. Com o tempo, a capacidade cognitiva do rapaz ficou ainda pior e ele mal conseguia falar ou se movimentar – chegou até a esquecer quem era.
Um exame de imagem mostrou que algumas partes do cérebro do rapaz tiraram “cochilos” enquanto outras ficavam acordadas durante o experimento. Foram, ao todo, 264 horas sem dormir. Depois disso, o rapaz dormiu por 14 horas seguidas
Insônia severa
Depois de um tempo, o rapaz que achava não ter ficado com nenhuma sequela por ter permanecido tanto tempo sem dormir, revelou que sofreu anos com insônia severa.
Atualmente, o recorde mundial é de Robert McDonald, que ficou sem dormir por 453 horas e 40 minutos, ou seja, quase 19 dias. Atualmente, esse recorde não é mais acompanhado para evitar danos à saúde das pessoas.
