Baby Johnson em perigo: talco famoso da J&J pode causar câncer

Após ser acusada por mais de 60 mil pessoas de manter talco cancerígeno, a Johnson&Johnson tentou fugir da responsabilidade.



Um caso envolvendo a multinacional Johnson & Johnson (J&J) tem dado o que falar na mídia mundial. Ao ser acusada de manter um talco cancerígeno, a empresa tentou realizar uma troca de responsabilidades no tribunal. Para não ter de arcar sozinha com as indenizações dos milhares de consumidores que afirmam ter tido câncer após o uso do produto, a multinacional tentou decretar a falência de uma de suas subsidiárias.

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A ação não foi aceita pela Justiça americana, logo obrigaram a J&J a pagar cerca de US$ 9 bilhões para arcar com milhares de ações judiciais que haviam contra a multinacional. Segundo informações divulgadas pela própria empresa, cerca de 60 mil pessoas aceitaram o acordo.

Pedido de falência sem crise financeira

Segundo exposto na decisão judicial, a J&J tentou entrar com o pedido de falência da subsidiária LTL Management, mas ele foi negado, visto que nenhuma crise financeira foi comprovada. Assim, a estratégia de solicitar o decreto em duas etapas foi vista como uma tentativa de transferir a responsabilidade do talco para a LTL Management.

Após a negativa em relação ao pedido de falência, a subsidiária tem buscado outras alternativas. Nesta terça-feira, 4, a empresa apresentou um pedido de recuperação judicial, afirmando que apresentará ao juiz um plano com um acordo até o dia 14 de maio. O acordo era referente a quantia de US$ 8,9 bilhões que deveria ser paga as 60 mil pessoas que processaram a multinacional.

Talco estaria causando câncer

A entrega da nova proposta pela J&J foi acompanhada pelo advogado das vítimas, Mikael Watts. Em sua primeira proposta de acordo, a empresa havia ofertado pagar US$ 2 bilhões; porém, após o pedido de falência ser negado, o valor aumentou.

De acordo com o advogado, a quantia paga será destinada aos atuais e futuros acusantes, que afirmam ter sofrido com diversos tipos de câncer, como o ginecológico e até mesmo com mesotelioma, contudo a J&J afirmou que os seus produtos são seguros e que não causam nenhum tipo de doença.

Por fim, os profissionais que defendem a empresa na Justiça ressaltaram que a acusação sobre o produto precisa de uma comprovação científica. Além disso, argumentaram também que os advogados dos acusadores estão procurando clientes para conseguir aumentar o valor da indenização milionária da companhia.




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