Destaques do dia: Congresso instala CPMI dos atos golpistas; Haddad e Campos Neto discutem juros; Iuan se torna moeda mais usada em transações internacionais; Novidades sobre o julgamento revisão do FGTS no STF

Comissão de investigação dos ataques terroristas do dia 8 de janeiro está entre os principais assuntos desta quarta, 27.



Uma comissão de inquérito foi instituída no Congresso Nacional para investigar os atos antidemocráticos do dia 8 de janeiro. O grupo terá seis meses para descobrir nomes de financiadores e envolvidos, além de apurar a ação de autoridades durante o ataque à Brasília.

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No campo da economia, o encontro entre Haddad e Campos Neto para discutir a taxa básica de juros foi remarcado para hoje após um adiamento no início do mês. No âmbito internacional, o destaque é o iuan, já que a moeda da China superou o dólar em volume nas transações internacionais em março.

Entre os principais assuntos desta quinta-feira, 27, veja também que o STF pode retomar em poucas horas o julgamento da revisão do FGTS. Saiba mais a seguir.

CPMI dos atos golpistas

O presidente do Congresso Nacional, senador Rodrigo Pacheco (PSD-MG), instaurou ontem, 26, a Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) dos atos golpistas. O grupo vai investigar os ataques cometidos às sedes dos Três Poderes no dia 8 de janeiro.

Os trabalhos devem começar em até duas semanas e durar seis meses. A CPMI investigará quem são os responsáveis e os financiadores dos atos, além de apurar a ação de policiais e agentes federais durante o ocorrido.

A comissão será formada por 16 deputados e 16 senadores, totalizando 32 membros. O governo espera ter a maioria no grupo para evitar desgastes à imagem do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT).

Na última semana, o ministro da Secretaria de Relações Institucionais, Alexandre Padilha, afirmou que o governo apoiará os trabalhos. A declaração veio após a imprensa divulgar imagens do general Gonçalves Dias, então ministro-chefe do Gabinete de Segurança Institucional (GSI) da Presidência, interagindo com os golpistas.

Iuan supera dólar

O iuan ultrapassou o dólar e se tornou a moeda mais usada para transações internacionais na China em março. Os números refletem as tentativas do país asiático de internacionalizar o uso da sua divisa.

A moeda foi usada em pagamentos e recebimentos internacionais que totalizaram 549,9 bilhões de dólares no mês passado, contra 434,5 bilhões de dólares em fevereiro. O volume inclui a balança corrente e também a balança de capital.

Apesar do aumento, o uso do iuan em transações globais para financiamento comercial ainda é baixo, representado cerca de 4,5% do total. Os cálculos da Reuters são baseados em dados da Administração Estatal de Câmbio.

Revisão do FGTS

O Supremo Tribunal Federal (STF) deve retomar nesta quinta-feira o julgamento chamada revisão do FGTS (Fundo de Garantia do Tempo de Serviço). As discussões foram suspensas no dia 20 pela ministra Rosa Weber.

O relator da ação, ministro Luiz Roberto Barroso, defende que os recursos devem ser corrigidos ao menos com base no mesmo índice de remuneração da poupança. O ministro André Mendonça reforçou a inconstitucionalidade da Taxa Referencial (TR), usada atualmente, e votou com o relator.

Para Barroso, os efeitos da decisão não devem ser retroativos, ou seja, somente valores depositados no fundo a partir da publicação da ata do julgamento serão atualizados com base no novo índice.

Hoje, o FGTS é corrigido em 3% ao ano mais TR, que está próxima a zero, bem abaixo da inflação. O índice gera perdas monetárias aos trabalhadores porque não é capaz de cobrir a quantia corroída pela variação inflacionária.

Debate sobre juros

O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, e o presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, se encontram hoje para uma discussão sobre juros, inflação e crescimento. A sessão de debates temáticos ocorre a partir das 10h, no Congresso.

No pedido, Pacheco afirma que “ao mesmo tempo em que não é viável o aumento descontrolado de preços, também não é desejado o sufocamento da economia no curto prazo”. O debate originalmente ocorreria no dia 4 de abril, mas foi adiado por causa da Semana Santa.

Além das duas autoridades, também estarão presentes a ministra do Planejamento e Orçamento, Simone Tebet, o ex-presidente do Banco Central, Armínio Fraga, entre outros nomes relevantes.




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