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Devaneio de Platão? ‘Atlântida, a cidade perdida’ poderá ser encontrada

Pesquisadores apontam que alterações no campo magnético de um local podem auxiliar na busca de cidades submersas.



Há 2.500 anos, o mito de Atlântida surgiu em obras de Platão. Nestes textos, a cidade perdida teria afundado no mar após perder uma guerra para Atenas. Hoje, a ciência já refuta a ideia de que ela realmente tenha existido, contudo, pesquisadores acreditam que, por meio de campos magnéticos, é possível encontrar cidades submersas.

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E, desde então, a Escola de Ciências Arqueológicas e Forenses da Universidade de Bradford, no Reino Unidos, tem trabalhado na hipótese dos campos magnéticos. Isso porque, até 8 mil anos atrás, existia um continente que ligava a Grã-Bretanha à Europa Continental. Acredita-se que a área foi destruída por um tsunami ou mesmo submersa por conta do derretimento das geleiras.

Campo magnético

Os pesquisadores têm trabalhado em uma tese de uso da magnetometria para encontrar as áreas perdidas. Na prática, essa técnica de geofísica usa alterações no campo magnético para investigar o solo. Por fim, qualquer anomalia detectada já aponta meios de identificação de características arqueológicas.

Em outras palavras, as mudanças no campo magnética podem ser um indicativo de mudanças na paisagem. Como, nestes casos, a área observada estava anteriormente acima do nível do mar, há chances de apontar evidências de atividades de caçadores-coletores, por exemplo.

Cidades submersas

A pesquisa já aponta alguns resultados. Esse continente submerso, por exemplo, era conhecido como Doggerland e  um dos maiores assentamentos pré-históricos da Europa. Assim, já foram localizados vestígios de recursos naturais e biodiversidade de tal região.

No entanto, os artefatos encontrados ao acaso no Mar do Norte, como por exemplo, restos de mamute, armas de caça e ferramentas de pedras, ainda oferecem poucas informações.

Por fim, a pesquisa de campos magnéticos agora trabalha para a detecção de feições que possam indicar um reservatório para se colher amostras no fundo do oceano. A partir destas matérias orgânicas, é possível realizar testes de datação de carbono para identificação do período as quais fazem parte.

Toda essa busca se justifica porque o Reino Unido tem planos de investir em energia eólica justamente nas áreas do Mar do Norte, onde teoricamente está localizado o continente perdido. No entanto, há uma preocupação em não se destruir possíveis campos arqueológicos ainda não identificados.




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