Algo tão comum quanto cutucar o nariz com o dedo pode não ser uma coisa inofensiva. Pelo menos foi isso o que alguns especialistas descobriram ao analisar mais a fundo o tema. Se você tem essa mania, será preciso rever seus atos depois da leitura deste texto.
Veja também: Alzheimer: chinesa de 19 anos é a 1ª pessoa dessa idade com a doença
Uma pesquisa recente mostrou que cutucar o nariz para retirar o muco nasal já ressecado (ou meleca) pode causar alguns problemas para sua saúde. Na verdade, foi feita até mesmo a relação com quadros de Alzheimer.
Pesquisa mostra riscos de cutucar o nariz para a saúde
O site Nature publicou o estudo em questão ainda em 2022. Nele, cientistas australianos revelaram que cutucar o nariz poderia levar uma bactéria perigosa até o cérebro. Foi isso o que aconteceu com ratos de laboratório, por exemplo.
A bactéria Chlamydia pneumoniae conseguiu acessar o sistema nervoso central por meio dos nervos do olfato. Esse tipo de infecção pode se relacionar o surgimento do Alzheimer anos mais tarde na vida do paciente.
Isso decorre do fato de que o organismo produz beta amiloide quando a Chlamydia pneumoniae circula pelo corpo. Essa proteína indica o aparecimento de alguma doença degenerativa do sistema nervoso central. Exemplos de patologia assim são, justamente, o Alzheimer e a demência.
Mais riscos observados
Além do que foi relatado acima, cutucar o nariz ainda pode se associar ao risco de outras doenças. Especialmente quando existe uma queda na imunidade do corpo, levar os dedos sujos para a narina pode expor a saúde a várias doenças distintas.
Uma das condições mais graves relatadas pelos especialistas é a meningite bacteriana. Os sintomas mais comuns envolvem febre alta, dor de cabeça, pescoço com rigidez acentuada, confusão mental e sensibilidade à luz.
Logo, se você costuma cutucar o nariz com frequência, é melhor rever os hábitos e manter a mão sempre bem higienizada. Inclusive, um autor alemão (Christoph Drösser) demonstrou que 61% dos homens costumam tirar meleca no carro ou em casa. As mulheres, por sua vez, apresentaram 51% de frequência.