Mais uma empresa do ramo de sapatos entrou na lista com seu pedido de falência: o Grupo São Francisco. Ele já estava em situação de recuperação judicial, mas confirmou o encerramento de suas operações na última semana. O processo de recuperação englobava as marcas Madra, Hiker, G. da Silva e São Francisco Indústria de Calçados. Ela seria votada pelos credores ainda neste mês.
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Empresa fecha as portas
Os colaboradores do Grupo São Francisco não foram avisados sobre o decreto de falência liberado pela empresa. Dessa forma, sem serem avisados de antemão sobre a demissão em massa, os colaboradores chegaram para trabalhar e se depararam com as máquinas sendo desmontadas e os equipamentos sendo retirados das fábricas.
Agravamento da inadimplência
Atualmente, o número de empresas brasileiras que entraram com um pedido de recuperação judicial em 2023 até março passou para 37,6%, mas em relação ao último ano. De acordo com o Indicador de Falências e Recuperação Judicial da Serasa Experian, o indicador ficou a 289.
Luiz Rabi, economista da Serasa, afirma que o agravamento da inadimplência das empresas era inevitável. Essa situação vem crescendo desde setembro de 2021; um fato que já indicava um aumento posterior nos pedidos de recuperação. Além disso, Rabi ainda indicou que mesmo que a curva de crescimento do atraso nos compromissos financeiros acabe diminuindo, é possível que a insolvência das empresas permaneça aumentando.
Ademais, as alegações de falimento também cresceram consideravelmente. Segundo o indicador, elas subiram de 177 em março de 2022 para 255 em 2023, o que representa um aumento de 44%.
Por fim, o economista explica que os pedidos de falência acontecem como uma tentativa final de os credores evitarem um maior prejuízo, tentando receber pelo menos um valor proporcional ao crédito concedido às empresas devedoras.