A Johnson & Johnson concordou em pagar R$ 45 bilhões a clientes que a processaram por acusações de que, entre outras coisas, o talco para bebês da empresa causaria câncer. O compromisso tem ligação com a sua unidade LTL Management, que fez a solicitação do pedido de proteção contra falência, algo semelhante ao pedido de recuperação judicial de empresas brasileiras.
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Com isso, a empresa deve cumprir com o pagamento das indenizações em um prazo de 25 anos. No entanto, antes de ser consolidada, a proposta precisa da aprovação do tribunal de falências dos Estados Unidos, caso contrário, a empresa pode seque ser capaz de cumprir o acordo.
Se consolidado, este será um dos maiores acordos de responsabilidade sobre produtos da história dos EUA.
J&J vai pagar indenização de R$ 45 bilhões a clientes, mas nega que talco cause câncer
Embora a Johnson & Johnson tenha aceitado pagar o valor bilionário, a empresa não admitiu que seus talcos provoquem câncer e reforçou a qualidade de seus produtos.
Segundo a empresa, as acusações são enganosas e carecem de mérito científico. A J&J acredita, no entanto, que resolver esse assunto por meio do plano de reorganização proposto é mais equitativo e eficiente, permitindo que os reclamantes sejam compensados em tempo hábil e que a empresa permaneça focada em seu compromisso de impactar positivamente a saúde da humanidade.
Cerca de 25 mil ações judiciais foram movidas contra a empresa com acusações de que o talco para bebês da marca causa câncer. Em agosto de 2022, a J&J anunciou que pararia de vender no mundo inteiro o pó de talco para bebês, um dos produtos mais tradicionais da marca.
A decisão de parar de vender o produto foi feita para aliviar as preocupações dos consumidores sobre a segurança do talco e para ajudar a empresa a se concentrar em outras áreas de negócios.