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Mais duas espécies de pássaros venenosos são identificadas; saiba onde!

Aves encontradas foram as primeiras em mais de 20 anos.



Duas espécies de aves venenosas foram descobertas por pesquisadores da Universidade de Copenhague na floresta tropical de Nova Guiné. As aves foram as primeiras encontradas em mais de 20 anos, e o artigo da descoberta foi publicado em 13 de fevereiro na revista científica Wiley Online Library.

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Entenda a descoberta

As espécies de aves venenosas encontradas são o assobiador-regente (Pachycephala schlegelii) e a Ave-de-cabeça-ruiva (Aleadryas rufinucha), comuns na região Indo-Pacífico. Entretanto, somente agora os cientistas descobriram que elas são realmente venenosas.

Knud Jonsson, do Museu de História Natural da Dinamarca, foi um dos autores da descoberta e explicou que “conseguimos identificar duas novas espécies de aves venenosas em nossa viagem mais recente. Elas contêm uma neurotoxina que podem tolerar e armazenar em suas penas”.

Conforme os pesquisadores, o veneno existente no corpo e na plumagem dessas aves é chamado de batracotoxina, uma das neurotoxinas mais poderosas e populares já vista pela ciência. Altos níveis de batracotoxina em contato com o corpo humano podem ser fatais, pois a substância desencadeia convulsões violentas e, eventualmente, a morte. Além disso, ela faz com que os canais de sódio no músculo esquelético fiquem travados em uma posição aberta.

Cientistas relatam que essa mesma toxina pode ser encontrada em sapos venenosos, que carregam quantidades altas da substância na pele para que a pessoa envenenada sinta todos esses sintomas graves. No entanto, no caso dos pássaros, as penas contêm menos concentração da toxina.

Em um comunicado, o pesquisador da Universidade de Copenhague, Kasun Bodawatta, contou como que o veneno é transmitido, segundo ele, o envenenamento se dá por um contato próximo com a ave. “Retirar as aves da rede não é ruim, mas quando as amostras precisam ser coletadas em um ambiente confinado, você pode sentir algo nos olhos e no nariz. É um pouco como cortar cebolas — mas com um agente nervoso, eu acho”, finaliza.

Knud Jonsson ainda disse que “é um pouco estranho que descobrimos essas aves venenosas apenas agora, porque esses pássaros têm sido estudados por mais de 200 anos e ninguém nunca suspeitou que eles poderiam ser venenosos”. A descoberta foi significativa para a compreensão da evolução dos pássaros e como eles evoluíram para desenvolver venenos em sua pele e penas.




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