Para a surpresa e alegria de alguns usuários, a Netflix anunciou que vai adiar a implementação das novas regras para conter o compartilhamento de senhas em mais países. A mudança foi divulgada na teleconferência de resultados da empresa na terça-feira (18).
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Anteriormente, a plataforma de streaming havia estabelecido o fim do primeiro trimestre como prazo para adoção das novas regras, mas agora elas serão implementadas apenas no segundo trimestre.
Atualmente, as novas regras anti-compartilhamento estão em vigor em quatro países: Canadá, Nova Zelândia, Portugal e Espanha. Nos Estados Unidos, a medida começará a valer a partir de julho deste ano, segundo a Netflix. Embora o Brasil ainda não tenha sido mencionado, é provável que a nova política também seja implementada no país nos próximos meses.
Como a Netflix irá combater o compartilhamento de senhas entre usuários?
As novas regras proíbem o compartilhamento de contas com pessoas que não vivem na mesma casa. Para isso, a Netflix usa a verificação de aparelho por IP para identificar a “Residência Netflix” e confirmar onde a conta está localizada.
Além disso, a empresa deve fazer verificações de aparelhos por meio de códigos que expiram em 15 minutos. Se o assinante quiser compartilhar a conta com outras pessoas, será cobrada uma taxa – que ainda não foi divulgada pela empresa.
A Netflix afirmou estar “satisfeita com os resultados” do compartilhamento pago de contas até agora, que ajudou a aumentar a base de assinantes no Canadá. Nos locais onde a nova política foi testada, os usuários devem pagar uma taxa extra para dividir a mesma conta caso não morem na mesma residência. No Canadá, esse valor mensal por pessoa é de cerca de US$ 6, quase R$ 30 em conversão direta.
Vale lembrar que ainda é possível compartilhar uma assinatura com até duas pessoas nos planos Standard e Premium.
A Netflix decidiu atrasar o lançamento do compartilhamento pago para implementar melhorias baseadas nos testes realizados fora dos EUA. Segundo Greg Peters, co-CEO da Netflix, a empresa quer garantir que os usuários ainda possam acessar a plataforma enquanto viajam para longe de suas residências principais cadastradas no serviço. “Sentimos que, com base nesses resultados, era melhor dedicar um pouco mais de tempo, incorporar esses aprendizados e tornar essa transição o mais suave possível para os membros”, afirmou Peters.