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Nubank: mudanças que podem afetar o banco digital preocupam os clientes

Documento entregue a órgão regulador causa alvoroço e deixa clientes da instituição financeira preocupados.



O Nubank causou bastante alvoroço ao divulgar um documento enviado ao órgão regulador da bolsa de valores dos Estados Unidos. A divulgação do formulário 20F veio acompanhada de declarações de seu fundador, David Vélez, o que ligou o sinal de alerta para muitos clientes.

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A instituição financeira informou à SEC (Comissão de Valores Mobiliários dos EUA) que o Congresso Nacional discute a redução das taxas de juros de modalidades de crédito como cheque especial e rotativo. Embora não haja previsão para implementação das mudanças, elas devem impactar bastante o banco.

Analistas do mercado financeiro avaliam que o Nubank seria a instituição mais afetada por possíveis cortes nos juros. O motivo é que sua receita é, em grande parte, proveniente dos cartões de crédito, o que não acontece com grandes bancos.

A fintech também se preocupa com a adoção de novas exigências de capital para conglomerados do tipo 3, regras que começaram a ser implementadas em julho de 2022 e seguirão sendo ampliadas até janeiro de 2025.

Segundo o banco digital, se as novidades já estivessem em vigor no fim de 2022, a demanda de capital regulatório teria crescido em US$ 261 milhões, cerca de R$ 1,4 bilhão. O dado reforça o temos sobre o impacto negativo nas finanças da empresa.

David Vélez se pronuncia

Em entrevista ao jornal Valor Econômico, o CEO do Nubank, David Vélez, afirmou que a criação de um teto de juros para o cartão de crédito será “muito prejudicial” para o sistema financeiro.

“Se isso acontecesse de forma arbitrária, no dia seguinte dezenas de milhões de pessoas perderiam seus cartões, porque a operação não seria mais rentável. Seria um choque para o sistema”, afirmou.

Ele disse ainda que a preocupação com as taxas é compreensível, mas existem outras medidas possíveis.

“Estamos ativamente, junto com outros bancos, tentando sugerir algumas outras opções. Mas, na minha avaliação, a solução é ter mais concorrência – algo que o Banco Central vem fazendo – e, por outro lado, é a questão macro. O juro alto vem diretamente do nível de inflação elevada, que agora está sendo controlada, mas que é algo que está fora do alcance das instituições financeiras”, completou.




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