Mais de 35% da população brasileira vivia com até um salário mínimo mensal no terceiro trimestre de 2022, mostra um levantamento feito com base em dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Hoje, significa dizer que as famílias de mais de 34 milhões de cidadãos sobrevivem com até R$ 1.302.
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O problema é que o valor está muito longe de ser o ideal para suprir todas as necessidades de uma família, segundo um levantamento recente. Todos os meses, a inflação altera a quantia necessária, mas mesmo assim ela continua muito acima do piso nacional nominal.
Segundo a Constituição Federal, o salário mínimo deve ser suficiente para garantir as despesas do trabalhador e de sua família com moradia, alimentação, educação, saúde, lazer, vestuário, higiene, transporte e previdência social. Mas será que esse direito está sendo assegurado aos brasileiros?
Qual o valor ideal?
O Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese) apurou que em fevereiro o salário mínimo necessário (ideal) no Brasil seria de R$ 6.547,58, cerca de 5,1 vezes mais que o patamar atual. O levantamento considera uma família composta por quatro pessoas, sendo dois adultos e duas crianças.
Como é possível observar, a dificuldade enfrentada pelos cidadãos é mais que justificada, especialmente por aqueles de baixa renda.
Novo reajuste
Uma das promessas de campanha do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) é elevar o salário mínimo para R$ 1.320 em 2023. Isso não foi possível em janeiro porque, segundo o governo federal, não havia orçamento suficiente para cobrir o aumento.
Agora, o petista confirmou que fará o reajuste no dia 1º de maio, Dia do Trabalhador, para garantir os R$ 18 que ficaram faltando. A partir dessa data, todos os benefícios e remunerações baseadas no piso nacional passarão por reajuste, a exemplo das aposentadorias do INSS e o seguro-desemprego.
O plano do governo é retomar a política de valorização do salário mínimo ainda em 2023. Para isso, além de reajustar o valor com base na inflação acumulada no ano anterior, a ideia é oferecer aumento real baseado no Produto Interno Bruto (PIB) dos dois últimos anos.