O presidente da Federação Brasileira de Bancos (Febraban), Isaac Sidney, afirmou recentemente que o setor bancário está em alerta e desafiado. A fala do executivo está ligada ao cenário de crise observado nos bancos dos Estados Unidos e na Europa.
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Em março, o europeu Credit Suisse foi comprado pelo UBS em meio ao risco iminente de falência. Já nos EUA, duas instituições financeiras quebraram e colocaram em foco a regulação internacional.
Sidney afirma que as situações recentes têm “testado a resiliência do sistema bancário como um todo”, mas confia na ação do Banco Central. Segundo ele, a autoridade monetária brasileira tem atuado no sentido de reduzir desequilíbrios regulatórios.
“Nós podemos continuar mostrando ao mundo a capacidade de resiliência do sistema bancário brasileiro em termos de capital, de provisionamento, de liquidez e também de gestão, tanto de ativos, como passivos”, elogiou.
Apesar de confiar na supervisão e no monitoramento do Banco Central, ainda vale o alerta.
Índice de Basileia
Sidney ainda destacou que o Índice de Basileia médio do sistema bancário brasileiro supera o mínimo regulatório. O indicador desenvolvido pelo Comitê de Supervisão Bancária de Basileia, na Suíça, é usado para avaliar a capacidade das instituições de suportar perdas em relação aos seus ativos.
Ele ainda comentou que o RoE (Retorno sobre Patrimônio Líquido) do setor é de 15% ao ano, mas que “não é nenhum pecado termos rentabilidade elevada”, já que o setor bancário não é um dos mais rentáveis da economia.