Quem usa o aplicativo de mensagens Telegram percebeu que a plataforma está fora do ar pelo segundo dia no Brasil. A paralisação é resultado de uma decisão da Justiça Federal do Espírito Santo motivada por uma investigação da Polícia Federal sobre ameaças e ataques a escolas.
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O aplicativo foi suspenso porque se recusou a apresentar dados sobre grupos neonazistas às autoridades, solicitados em meio a um inquérito sobre os recentes casos de violência nas escolas.
Na manhã desta sexta-feira (28), os usuários não conseguiam enviar ou receber mensagens via Telegram. Algumas pessoas, entretanto, afirmam que estão utilizando a plataforma normalmente, e conteúdos ensinando a burlar o sistema já começaram a circular nas redes.
Privacidade de liberdade de expressão
O diretor-executivo da plataforma, Pavel Durov, afirmou em comunicado divulgado ontem (27) que a empresa vai recorrer da decisão judicial para “defender a privacidade e a liberdade de expressão” dos usuários.
“Não importa o custo, defenderemos nossos usuários no Brasil e seu direito à comunicação privada”, disse.
O Telegram está sujeito a multa de R$ 1 milhão por dia que deixar de colaborar com a investigação.
Em tom de ameaça, o criador do mensageiro lembrou que a empresa deixou de operar em países como China, Irã e Rússia porque a legislação desses mercados impuseram requisitos “tecnologicamente inviáveis” e foram contra seus princípios de privacidade.
“Tais eventos, embora infelizes, ainda são preferíveis à traição de nossos usuários e às crenças nas quais fomos fundados”, completou Durov.
