Muitas pessoas se perguntam sobre a frequência ideal para lavar suas roupas, levando em consideração tanto a praticidade quanto a saúde. No final do século 19, surgiu a necessidade de roupas duráveis e de baixa manutenção para os trabalhadores, especialmente aqueles envolvidos em atividades industriais e de mineração.
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Foi assim que o jeans foi criado como uma resposta a essa demanda. No entanto, foi somente na década de 1950, com a influência de ícones do cinema como Marlon Brando, que o jeans se tornou popular em todo o mundo.
Chip Bergh, CEO da renomada marca de jeans Levi Strauss, afirmou em uma conferência de 2014 que as calças jeans não precisam ser lavadas com frequência, pois ele mesmo nunca teve problemas de pele ou algo do tipo. Essa declaração gerou um debate sobre a necessidade de lavagem regular das roupas.
Mas, afinal, o que diz a ciência no Brasil?
No Brasil, de acordo com especialistas consultados pelo portal VivaBem, a ciência indica que a lavagem das roupas usadas é necessária para evitar a proliferação de bactérias, fungos, ácaros e a disseminação de pulgas, piolhos e vírus.
Especialmente em dias quentes e em situações como trabalhar em hospitais ou transitar por locais com aglomeração, como metrô, academia e escola, a higienização das roupas é essencial. A falta de lavagem adequada pode aumentar os riscos de contrair doenças e infecções. Ou seja, é fundamental manter a prática de lavar as roupas regularmente para garantir a saúde e o bem-estar.
Possíveis consequências de usar roupa sem lavar
- Escabiose (sarna): uma condição que se manifesta principalmente como coceira intensa durante a noite.
- Dermatite atópica: uma inflamação que causa vermelhidão, descamação e formação de feridas na pele.
- Urticária: uma irritação na pele que se caracteriza por vergões elevados e sensação de ardor.
- Pediculose: uma infestação do couro cabeludo, tronco ou região pubiana pelo parasita Pediculus humanus.
- Candidíase: uma infecção fúngica que geralmente afeta a pele ou as membranas mucosas dos órgãos genitais.
As áreas mais susceptíveis costumam ser aquelas com maior contato com as roupas e que transpiram. Portanto, é importante prestar atenção às axilas, região íntima, parte interna das coxas e nádegas.
Pessoas que já têm alergias têm maior probabilidade de desenvolver outras, e se o tecido da roupa for sintético (como poliamida ou poliéster), isso pode agravar ainda mais devido à fricção com a pele.
Em tempos de pandemia, é importante também ter cuidado com superfícies contaminadas. Um estudo publicado em 2020 no periódico Virology Journal descobriu que o Sars-CoV-2 pode sobreviver por até 14 horas em tecidos de algodão, em uma temperatura ambiente de 20ºC.
Qual é a frequência recomendada para lavar roupas?
A frequência de lavagem de cada peça de roupa, incluindo roupas de cama, mesa e banho, varia de acordo com o tipo de tecido, o uso e o estado de higiene da peça. No entanto, se a roupa foi exposta a locais com alto risco microbiológico, como os mencionados anteriormente, ou se apresentar odores desagradáveis, suor e manchas, é necessário realizar a limpeza antes do próximo uso.
As sugestões de frequência para a higienização das roupas costumam ser as seguintes:
- A cada uso: meias, cuecas, calcinhas, camisetas, leggings, roupas esportivas
- Duas vezes por semana: toalhas
- Semanalmente: lençóis e fronhas
- A cada três usos: pijamas, sutiãs, saias, vestidos, calças sociais, bermudas
- A cada quatro usos: blazers, malhas de lã, jeans
- Duas vezes por estação: Casacos pesados
- Quatro vezes ao ano: Colchas e edredons
- Uma vez ao ano: roupas de couro
A água com temperatura acima de 40ºC facilita a eliminação de várias bactérias e fungos prejudiciais à saúde, sendo especialmente recomendada quando alguém está em tratamento de infecções respiratórias, urinárias ou gastrointestinais.
É aconselhável combinar o uso de água quente com água sanitária. Além disso, é importante lembrar que, no caso de peças íntimas pessoais, como calcinhas e cuecas, elas devem ser lavadas separadamente para evitar contaminação.
