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Reajuste de planos de saúde para pequenas empresas assusta o setor

Com o fim da pandemia, planos de saúde para pequenas empresas estão tendo reajustes de até 35,9%. Veja as consequências.



Operadoras de planos de saúde para pequenas empresas têm restringido o reembolso, reduzido a rede e ampliado a coparticipação, o que tem preocupado, com razão, o setor. De acordo com um relatório do Itaú, os planos de saúde para empresas com até 29 beneficiários tiveram reajuste entre 9,7% e 35,9% este ano.

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Para driblar o aumento, as empresas contratantes estão adotando várias estratégias, como excluir o reembolso, aumentar a coparticipação, reduzir a rede de prestadores e redimensionar a cobertura de nacional para regional. Isso mantém o valor da mensalidade parecido, mas, na prática, traz uma série de prejuízos para os beneficiários.

Até mesmo os contratos que têm mais de 30 beneficiários, que geralmente têm reajustes menores do que os de pequeno porte, também estão tendo dificuldades para negociar. A média do ano passado foi de 11,09% para contratos com mais de 30 beneficiários e 14,3% para os de pequeno porte, de acordo com dados da Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS).

Planos de saúde para pequenas empresas fecham o cerco

No novo cenário, as empresas que não querem mudar o plano aceitam o reajuste ou pagam multa, que em média é de três mensalidades. A rescisão imotivada pelas operadoras também está mais frequente, mediante anúncio com 60 dias de antecedência, o que pode afetar beneficiários em tratamento.

“A aposta das operadoras foi grande. Estimavam vender barato e avançar em escala. Não funcionou. Agora estão cobrando a conta, no esforço de sanear a carteira o mais rápido possível. Mas ainda não vimos o pior. Porque o custo assistencial cresceu aquém do que vai crescer este ano”, comenta o sócio-diretor da consultoria Arquitetos da Saúde, Luiz Feitosa, sobre a retomada do uso pós-pandemia e as operadoras se recusando a vender ou atender planos considerados deficitários.

Pelo lado das operadoras, a Associação Brasileira de Planos de Saúde (Abramge) ressalta que a cada R$ 100 recebidos pelas empresas, R$ 89 foram gastos com assistência ao usuário e que só R$ 11 sobraram para despesas administrativas, comercialização, impostos e taxas regulatórias.




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