Se por um lado os preços dos carros populares estão na faixa de R$ 70 mil, por outro, há rumores de que o governo federal tem trabalhado em alternativas para que esse valor caia para a casa dos R$ 60 mil. A resolução dessa meta do Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (MDIC) deve ser anunciada em 25 de maio, data em que se comemora o Dia da Indústria.
Leia mais: 5 carros que menos bebem gasolina e etanol de 2023 (só os populares)
Medidas
Até onde se sabe, o plano do governo federal deve contemplar ações de incentivo para toda a cadeia industrial. Portanto, a ação terá como foco apenas nas montadoras de veículos. Além disso, outras medidas como por exemplo novas linhas de crédito para o setor fabril, reduções de tributos e exigência de aumento do uso de componentes manufaturados nacionais. Por fim, outra ação teria como foco programas de financiamento para veículos.
Indústria automotiva
Quando observado o cenário para a indústria automotiva, há indícios de conversas diretamente com as montadoras, sem o intermédio da associação que reúne as fabricantes que atuam no país. Isso porque, as novas diretrizes passam por decisões individuais de cada empresa.
Vale lembrar que todas as ações discutidas têm como foco os chamados carros de entrada. Atualmente, eles variam entre R$ 70 e R$ 80 mil. Na prática, o que deve mudar não são os modelos dos carros e sim o número de equipamentos disponíveis de fábrica. Desta forma, a expectativa é que os modelos 1.0 de entrada fiquem no patamar entre R$ 50 e R$ 60.
Etanol
Ao contrário do que se especulava no início das negociações, o atual foco está na busca por soluções para a diminuição de valores e não no uso exclusivo do etanol para que as montadoras tenham acesso a mais incentivos.
Por fim, membros do Ministério também afirmam que há um interesse em reduzir a ociosidade do setor. Hoje, a área opera com 47% de ociosidade frente à capacidade de produção de 4,5 milhões de veículos por ano. Para isso, avalia-se a ampliação do programa Renovar, hoje disponível para caminhões. Na prática, ele englobaria também automóveis, incentivando a troca de veículos com mais de 10 anos e reciclagem desses automóveis mais antigos.
