Um estudo elaborado pelo Sindicato dos Metalúrgicos do ABC propõe o lançamento de modelos populares de carros no mercado brasileiro com preços mais acessíveis e prazo de pagamento mais longo.
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O estudo lista a necessidade de incentivos para a produção de veículos com maior percentual de peças produzidas no Brasil, linhas de crédito mais favoráveis aos consumidores e revisão das alíquotas de imposto de importação de veículos elétricos.
A proposta defendida pelo sindicato é de disponibilizar opções de veículos populares por cerca de R$ 50 mil e com prazos de pagamento mais longos. O texto busca trazer uma solução para tornar os carros mais acessíveis, impulsionar a indústria nacional e gerar empregos em diversos segmentos.
Além disso, o estudo apresenta três cenários para a cadeia automotiva do Brasil: transição qualificada, estagnação tecnológica ou irrelevância global. Os dois últimos, claro, são os piores cenários para o país.
Melhores taxas e prazo de pagamento mais longo estão na proposta
A iniciativa propõe a ampliação do programa de renovação das frotas de táxis e a criação de um programa especial de incentivo à renovação dos automóveis utilizados em aplicativos de transporte. Além disso, traz a descarbonização ao longo dos próximos 12 anos, que tem como objetivo apoiar a renovação da frota de veículos e reduzir a venda de carros poluentes.
“O estudo detalha o setor automotivo e traz diretrizes e propostas do nosso Sindicato que, na nossa avaliação, melhoram substancialmente o setor, preservando e gerando empregos”, defende Moisés Selerges, presidente do Sindicato dos Metalúrgicos do ABC.
Já o presidente da General Motors defende melhores condições de crédito em vez de veículos de entrada. Por outro lado, a Fenabrave acredita que carros mais baratos ajudariam a impulsionar a produção e evitar a perda de empregos.
Este ano, devido à baixa demanda por carros novos, várias fábricas estão diminuindo sua produção, o que aumenta o risco de perda de empregos no setor automotivo. A chegada de carros mais baratos é vista como uma forma de estimular o mercado e aumentar a produção de veículos no país.
O estudo, portanto, projeta um cenário em que a volta do carro popular beneficiaria não apenas os metalúrgicos, mas também outras categorias de trabalhadores, uma vez que a fabricação de um veículo envolve diversos setores, desde a produção até a revenda. Além de preços mais baixos, os carros populares também seriam oferecidos por meio de operações de crédito com prazos de pagamento mais longos, variando de 60 a 72 meses.