Casados e infiéis: estudo chocante sobre traição preocupa quem é monogâmico

Mesmo em relacionamentos sólidos, pessoas buscam envolvimento amoroso fora do casamento, sem considerar tal atitude como um dilema.



Quando pensamos em traição conjugal, geralmente a associamos a sentimentos de culpa, desconfiança e dor emocional. No entanto, um novo estudo revelou que nem sempre a traição está atrelada a essas emoções negativas. Surpreendentemente, pessoas casadas que têm casos extraconjugais consideram-nos altamente satisfatórios, não se arrependem e acreditam que tal ato não prejudicou seus casamentos.

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Contrariando as crenças tradicionais sobre fidelidade

Este estudo inovador foi conduzido por Dylan Selterman, do Departamento de Ciências Psicológicas e do Cérebro da Universidade Johns Hopkins, em parceria com pesquisadores da Universidade do Oeste de Ontário, no Canadá. Os dados foram coletados a partir de usuários do Ashley Madison, uma rede social voltada para pessoas que já estão em relacionamentos e buscam casos extraconjugais.

Selterman entrevistou aproximadamente 2,3 mil usuários ativos do Ashley Madison, antes e depois de terem casos, e os resultados foram reveladores. O estudo constatou que, em muitos relacionamentos, a monogamia é um conceito superestimado, contrariando as crenças tradicionais sobre fidelidade. As descobertas dessa pesquisa foram publicadas na renomada revista Archives of Sexual Behavior.

Uma das constatações mais intrigantes é que a infidelidade é mais comum do que se imagina. Pesquisas anteriores já apontavam que uma porcentagem considerável de pessoas opta por trair seus parceiros românticos. Cerca de 20% a 25% dos casados e de 33% a 50% dos jovens adultos que namoram fazem essa escolha. Esses dados desafiam a visão tradicional de que a traição é uma exceção ao invés da regra.

Alta satisfação com os casos extraconjugais

Após uma seleção cuidadosa dos participantes do estudo, cerca de 600 homens e 120 mulheres responderam às perguntas. A maioria dos participantes tinha por volta de 50 anos e se identificava como heterossexual. Os resultados mostraram que a satisfação com os casos extraconjugais era alta, tanto em termos sexuais quanto emocionais. Além disso, os sentimentos de arrependimento foram baixos.

É importante ressaltar que o estudo não defende ou incentiva a traição conjugal. Ele simplesmente busca compreender as motivações por trás desse comportamento e as percepções das pessoas envolvidas.

De acordo com os relatos dos participantes, a falta de amor não é o principal motivo para a traição. Homens que utilizam sites como o Ashley Madison geralmente têm motivações sexuais, enquanto as mulheres buscam preencher lacunas emocionais em seus relacionamentos, como a sensação de negligência.

Uma das principais conclusões do estudo é que as pessoas têm motivações diversas para trair, e nem sempre isso está relacionado a problemas no relacionamento. Muitas vezes, a traição surge do desejo de experimentar novas experiências sexuais ou da falta de um forte compromisso com o parceiro. O fato de alguém estar casado não garante automaticamente que esse indivíduo ficará plenamente satisfeito fazendo sexo com a mesma pessoa pelo resto da vida.

Entretanto, é importante destacar que a traição nem sempre é a solução para problemas no relacionamento. Comunicação aberta, compreensão mútua e esforços para reavivar a paixão são elementos fundamentais para a saúde de um casamento. Não se pode ignorar o impacto emocional devastador que a traição pode ter sobre o parceiro traído.




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