Um rancho está testando o uso de cercas virtuais para o gado, algo que pode revolucionar a indústria pecuária, mas a tecnologia ainda é considerada “cara”. Há dois anos, a família Mushrush foi convidada pela Nature Conservancy a experimentar o uso desses colares em suas vacas no Tallgrass Prairie National Preserve, no estado do Kansas, nos EUA.
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Atualmente, a instalação e manutenção de cercas reais podem custar até 15 mil dólares por milha no país, o que ajudou a ideia a ser bem recebida. No entanto, os colares virtuais têm um custo anual de 50 dólares por vaca para a família Mushrush, incluindo taxas de aluguel e bateria. Para um rebanho de 325 vacas, isso representa um gasto anual de 16 mil dólares.
Além disso, os produtores precisaram adquirir duas estações-base por 12,5 mil dólares cada. Nos testes, a compra contou com a ajuda de fundos de grupos sem fins lucrativos envolvidos no projeto.
Apesar dos desafios, como alguns animais não seguirem estritamente as instruções após o sinal de aviso e o choque do colar, a família Mushrush acredita no potencial da tecnologia. Eles celebram as vantagens econômicas e ambientais que as cercas virtuais oferecem.
Como a nova tecnologia pode revolucionar a indústria pecuária?
Os colares virtuais são fabricados pela Vence, uma empresa de San Diego, adquirida pela unidade de saúde animal da Merck & Co. no ano passado. A empresa já implantou 40.000 desses colares e planeja aumentar esse número para mais de 75.000 até o final do ano.
Além de manter o gado dentro dos limites desejados, as cercas virtuais ajudam a prevenir o sobrepastoreio, mantendo a vegetação aparada. Isso contribui para reduzir o risco de incêndios florestais e a propagação de plantas invasoras.
Por seu potencial, o uso de cercas virtuais tem se expandindo nos Estados Unidos e sendo cada vez mais adotado por pecuaristas em diferentes estados. Essa tecnologia tem se mostrado uma alternativa viável, eficaz e moderna para o manejo do gado, combinando as tradições seculares da pecuária com a inovação tecnológica.