scorecardresearch ghost pixel



Concessionários Peugeot-Citroën ameaçam ir à Justiça contra ‘carros ruins’

Clima está tenso entre quem vende Peugeot-Citroën no Brasil e as montadoras. Veja quais as reclamações dos concessionários e o que deve acontecer.



E quando até quem vende um produto reclama da qualidade? É o que está acontecendo no Brasil com duas montadoras gigantes. As associações de concessionárias da Peugeot-Citroën do Brasil emitiram uma notificação extrajudicial ao grupo Stellantis, que controla as marcas no país, alegando falta de qualidade nos veículos, segundo a colunista Paula Gama.

Leia também: Peugeot pode lançar carro que NUNCA ficará velho; será o fim dos outros?

No documento, elas deixam claro que, caso suas solicitações não sejam atendidas, devem levar o caso à Justiça. Segundo as associações Abracop e Abracit, os problemas já foram relatados às marcas de forma presencial e/ou escrita, mas continuam “afastando das lojas os tão desejados clientes”.

Os principais problemas relatados pelos concessionários são a falta recorrente de peças e problemas de qualidade dos veículos, sem especificar quais seriam esses defeitos. Eles afirmam que a situação os levou a não terem condições de atender seus clientes de forma plenamente satisfatória, o que vem impactando nos recebimentos dos bônus atrelados às pesquisas de qualidade realizadas pelas marcas.

Concessionários Peugeot-Citroën questionam “descaso” com clientes

Os concessionários também questionam a Peugeot e a Citroën sobre a falta de resposta em canais de comunicação com o consumidor, como o portal “Reclame Aqui” e até mesmo perfis nas redes sociais. Eles alertam para o fato de as marcas serem consideradas “não recomendadas” na plataforma.

A insatisfação gerada nos clientes das marcas está fazendo com que os consumidores ingressem com medidas judiciais contra as lojas, prejudicando os concessionários nas pesquisas de satisfação.

Os concessionários pedem às montadoras que os problemas de falta de peças e qualidade sejam resolvidos em caráter de urgência. Além disso, querem que as marcas assumam responsabilidade pelas falhas e/ou defeitos de fabricação observados nos veículos e a responsabilidade civil, criminal e pecuniária em todas as ações de consumidores em que as concessionárias figurarem no polo passivo.

Também pedem que as marcas se abstenham de notificar as concessionárias alegando que infringiram o contrato de concessão firmado, sob o pretexto de má gestão, falta de qualidade na prestação de serviços, não atingimento de índices nas pesquisas de qualidade, entre outros, quando os problemas forem decorrentes da falta de qualidade dos veículos, falta de componentes para reparos, demora na solução dos diagnósticos e carro reserva.

A Stellantis, por sua vez, afirma que detém os mais rígidos testes de qualidade, alinhados com as melhores práticas globais e que inconvenientes pontuais de abastecimento de peças são tratados e corrigidos com a maior velocidade possível. A montadora ainda não se manifestou sobre as reclamações das associações de concessionários.




Veja mais sobre

Voltar ao topo

Deixe um comentário