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Destaques do dia: Copom mantém Selic em 13,75% ao ano; Banco central dos EUA eleva juros; PIB cresce 2,5% em fevereiro ante janeiro; El Niño pode aumentar bastante as temperaturas

Manutenção da taxa básica de juros pelo Copom e fenômeno El Niño estão entre os principais assuntos desta quinta-feira (4).



As taxas básicas de juros dos Estados Unidos e do Brasil são o destaque da economia nesta quinta-feira (4). Ontem, o banco central norte-americano elevou novamente os juros do país, enquanto por aqui o patamar ficou inalterado pela sexta reunião consecutiva.

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Ainda no mesmo campo, o Monitor de PIB do Ibre/FGV apontou que a economia brasileira cresceu 2,5% entre janeiro e fevereiro. A principal responsável pelo resultado é a atividade agropecuária.

Nos principais assuntos do dia, veja também que as temperaturas globais podem ficar muito acima do normal devido ao efeito do El Niño. Confira mais informações a seguir.

El Niño

O fenômeno El Niño deve provocar muitas mudanças na temperatura global nos próximos meses. O alerta da Organização Meteorológica Mundial (OMM) aponta que os efeitos podem começar até setembro.

Há 60% de probabilidade de que ele se desenvolva até o final de julho, e 80% de chance de formação até setembro, segundo a entidade. O fenômeno climático natural normalmente é associado ao aumento das temperaturas, agravamento da seca e fortes chuvas.

“O mundo deve estar preparado para o ‘El Niño'”, alertou Petteri Taalas, secretário-geral da OMM. Ainda não é possível prever a intensidade ou a duração do fenômeno, já que ele segue em formação.

Selic

O Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central manteve a taxa básica de juros (Selic) em 13,75% ao ano. O patamar é o maior desde 2016 e está inalterado desde agosto de 2022.

Os economistas já esperavam a manutenção pelo colegiado e projetam que a redução terá início apenas no segundo semestre. Conforme previsão do mercado no último boletim Focus, a taxa deve fechar 2023 em 12,5%.

Os defensores dos cortes nos juros, lista que inclui o governo federal, usam como argumento a melhora recente em indicadores econômicos. Em abril, o IPCA-15 (prévia da inflação) desacelerou e fechou o mês com alta de 0,57%.

No fim de março, o vice-presidente Geraldo Alckmin (PSB) voltou a criticar a decisão do BC de não reduzir a taxa. “Não há nada que justifique ter 8% de taxa de juros real, acima da inflação, quando não há demanda explodindo e, de outro lado, no mundo inteiro, há praticamente juros negativos”, disse.

Juros dos EUA

O Banco Central dos Estados Unidos (Federal Reserve, o Fed) elevou em 0,25 ponto percentual as taxas de juros do país. Assim, o intervalo subiu para 5% a 5,25% ao ano, 10º aumento consecutivo.

Esse é o nível mais alto desde junho de 2006, quando os juros dos EUA chegaram a 5,25% ao ano. A última vez que a taxa superou 5,25% foi em janeiro de 2001, quando estava em 5,50% ao ano.

Em comunicado, o Fed afirmou que “busca atingir o máximo de emprego e inflação à taxa de 2% no longo prazo” com a decisão. Além disso, a autoridade disse estar pronta para “ajustar a orientação da política monetária” caso surjam fatores de risco às metas.

PIB

O Produto Interno Bruto (PIB) cresceu 2,5% em fevereiro na comparação com janeiro, mostra o Monitor do PIB do Instituto Brasileiro de Economia da Fundação Getulio Vargas (Ibre/FGV). Frente a fevereiro de 2022, a expansão foi de 2,7%.

“O forte crescimento de 2,5% da economia em fevereiro foi devido, principalmente, à atividade agropecuária. Embora a indústria e os serviços também tenham crescido na comparação com janeiro, o expressivo desempenho agrícola, justificado principalmente pela safra recorde de soja e sua elevada participação no valor adicionado da agricultura, é o grande destaque da economia no mês”, explica Juliana Trece, coordenadora do Monitor do PIB – FGV.

O indicador antecipa os resultados do principal índice da atividade econômica usando com base os mesmos dados e metodologia adotados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), entidade responsável pelo cálculo oficial.




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