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Em 77 anos, 22% da população poderá enfrentar onda de calor fatal

Pesquisa publicada na revista Nature Sustainability mostra cenário assustador para as futuras gerações. Elas enfrentarão questões críticas relacionadas ao meio ambiente.



Nas próximas décadas, a população mundial pode enfrentar uma onda de calor mortal, que pode proporcionar uma grande reorganização das regiões onde as pessoas vivem hoje. O alerta foi publicado em um estudo na revista Nature Sustainability e preocupa até mesmo as gerações atuais.

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Na última segunda-feira, 22, a pesquisa mostrou que até o ano de 2100, a temperatura do planeta caminhará para um aumento de 2,7ºC. O número está acima do nível pré-industrial e, por essa razão, é possível que mais de dois bilhões de pessoas sejam expostas a um calor extremo e fatal.

A pesquisa explica que a zona de conforto climática é o principal fator que possibilita o desenvolvimento da espécie humana. Sem isso, as futuras gerações enfrentarão sérios problemas. Segundo o levantamento, países como Índia, Nigéria, Indonésia, Filipinas e Paquistão serão os mais afetados.

Na Índia, por exemplo, cerca de 600 milhões de pessoas vão enfrentar o forte calor.

Cerca de dois bilhões de pessoas vão enfrentar calor perigoso

O diretor do Instituto de Sistemas Globais da Universidade de Exeter, na Inglaterra, e o autor do estudo, Tim Lenton, afirmam que o planeta passará por uma onda de migração intensa, logo toda a habitabilidade da superfície do planeta seria reformulada.

Lenton ainda ressalta que, colocar em prática o Acordo de Paris de 2015 sobre o clima, para reduzir a emissão dos gases do efeito estufa, além de diminuir a temperatura em 1°C, também reduziria muito os números alarmantes.

Até o momento, a Terra ficou mais quente graças a um aumento de 1,2 °C, o que deixa os períodos de calor mais longos e secos. E, claro, a queima de combustíveis fósseis e florestas contribui para o cenário. Diversos estudos apontam que a onda de calor extremo poderá aumentar a mortalidade, reduzir produtividade no trabalho e gerar mais doenças infecciosas.

A história mostra que há 40 anos, apenas 12 milhões de pessoas estavam passando por essas condições, mas hoje em dia, o número é cinco vezes maior. A tendência é que o número aumente. As regiões próximas ao Equador serão as que mais vão sofrer, principalmente os países mais pobres, conforme explica o site Science Alert. Colocar em prática as promessas de corte de carbono dos governos será essencial para mudar o futuro do meio ambiente.




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