Está difícil cozinhar: novo preço do gás de cozinha revolta brasileiros

Decisão dos governos de unificar a cobrança do ICMS sobre o insumo terá impacto negativo em 21 estados brasileiros.



Prepare o seu bolso porque o preço do botijão de gás de cozinha terá aumento em boa parte do Brasil. A péssima notícia é resultado da unificação da alíquota de cobrança do Imposto Sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS) em todo território nacional.

Leia mais: Liberado! Novo saque do FGTS paga mais de R$ 2.900 aos trabalhadores; veja quem pode

Em outras palavras, os estados que cobravam percentuais maiores reduziram o valor da cobrança, enquanto aquelas que tinham um imposto menor aumentaram o percentual. O grande problema é que 21 das 27 unidades federativas adotavam alíquotas mais baixas antes da mudança.

Segundo o Sindicato Nacional das Empresas Distribuidoras de Gás Liquefeito de Petróleo (Sindigás), o aumento médio nos valores será de 11,9%.

Até então, o ICMS correspondia a cerca de R$ 14,60 do preço do produto de 13 quilos. Com a alteração, o imposto sobre o quilo do produto passa para R$ 1,2571, ou R$ 16,52 no caso do botijão de gás.

Sobe e desce

O acréscimo mais expressivo nos preços ocorrerá no Mato Grosso do Sul, onde o imposto subiu 84,5%. Já no Rio Grande do Norte, Acre e Santa Catarina, houve redução. No Espírito Santo e no Ceará, a alíquota ficou estável.

A unificação do ICMS teve o seguinte efeito na alíquota adotada anteriormente nas unidades federativas brasileiras:

Centro-Oeste

  • Mato Grosso do Sul: +84,5%
  • Goiás: +23%
  • Distrito Federal: +23%
  • Mato Grosso: +13,5%

Nordeste

  • Sergipe: +56,2%
  • Bahia: +37,7%
  • Piauí: +21,8%
  • Maranhão: +18,3%
  • Pernambuco: +17,7%
  • Alagoas: +6,9%
  • Paraíba: +6,4%
  • Ceará: 0,0%
  • Rio Grande do Norte: -11,3%

Norte

  • Amapá: +43,8%
  • Rondônia: +9,7%
  • Tocantins: +9,3%
  • Pará: +7,1%
  • Roraima: +5,5%
  • Amazonas: +3%
  • Acre: -11,1%

Sudeste

  • Rio de Janeiro: +42,9%
  • São Paulo: +28,5%
  • Espírito Santo: +0,0%
  • Minas Gerais: -18,7%

Sul

  • Rio Grande do Sul: +35,1%
  • Paraná: +2,9%
  • Santa Catarina: -21,2%

Vale destacar que a nova regra estabelece que a alíquota única federal seja revista a cada seis meses.

Mudança no ICMS

A Lei Complementar 192/2022 determina que as alíquotas cobradas sobre os combustíveis sejam únicas em todo o país. Além disso, elas deixaram de ser fixadas em um percentual fixo pelo estado e agora são calculadas com base em um valor por quantidade.

O gás, por exemplo, é calculado por quilo. Já o diesel e o biodiesel são tributados por litro. A medida entrou em vigor no dia 1º de maio.




Veja mais sobre

Voltar ao topo

Deixe um comentário