As instituições financeiras parecem já estar vivendo o futuro, mas o fundador e presidente do Nubank, David Vélez, quer ir além. Em entrevista recente, o executivo afirmou que o banco digital está apenas no início de seu ousado plano de desenvolvimento.
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A chegada dos bancos digitais trouxe uma série de inovações ao mercado, e isso é inegável. Enquanto os clientes ficam cada vez mais acostumados a ter todos os serviços na palma da mão, usando apenas um aplicativo, os “bancões” correm atrás para se adequar à nova realidade.
O Nubank conta hoje com cerca de 80 milhões de usuários, dos quais 75,2 milhões estão no Brasil. Nos últimos 12 meses, a empresa alcançou crescimento de 31,5% nos três países onde atua (Brasil, Colômbia e México).
O futuro é digital
Durante um evento de tecnologia e inovação realizado no Rio de Janeiro, Vélez afirmou que o futuro do setor é “totalmente digital”. “O futuro bancário é certamente totalmente digital. Realmente não tem porque ter agências bancárias em todos os cantos no primeiro estágio desse desenvolvimento [tecnológico do setor]”, disse em entrevista na abertura do Web Summit Rio.
Segundo o executivo, o Nubank espera mudanças nas plataformas de consumo com a ampliação da inteligência artificial. Ele afirma que, futuramente, as empresas poderão ser divididas entre “portas de entrada para a internet” e “proprietárias de seus ativos”, como clientes e dados.
No futuro, ele acredita que os clientes não irão buscar produtos e serviços em um site específico, e sim que haverá uma espécie de plataforma para reunir todas as facilidades em um só lugar.
“Queremos ser um desses gateways, que usa a grande base de clientes que temos, a marca que construímos para ajudar nossos clientes a resolver melhor seus problemas de serviços financeiros e outros problemas que possam ter”, afirmou.
Vélez também comentou que a inteligência artificial continuará crescendo no setor, que precisará focar em especialização.