O governo federal pretende lançar, no dia 25 de maio, um pacote de medidas para estimular a indústria automotiva e reduzir o preço de veículos no Brasil, fazendo com que a venda de carros populares fique na faixa de R$ 50 mil a R$ 60 mil, de acordo com o jornal Folha de São Paulo.
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A data escolhida para o anúncio coincide com o “Dia da Indústria”, e além das medidas voltadas para o setor automobilístico, toda a indústria nacional deverá se beneficiar.
Isso porque, entre as iniciativas estão previstas linhas de crédito para o setor fabril, redução de impostos, aumento da nacionalização dos produtos manufaturados e um programa de financiamento para veículos.
O vice-presidente da República e ministro do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços, Geraldo Alckmin, anunciou na segunda-feira (15) que esse conjunto de medidas trará “boas notícias para a indústria”. Ele fez o anúncio durante o Fórum Paulista de Desenvolvimento, realizado em São Bernardo do Campo, no ABC paulista.
Alckmin também ressaltou a importância de avançar em medidas macroestruturais, como a reforma tributária e um novo marco fiscal, a fim de lidar com a alta carga de impostos que a indústria enfrenta e com o alto custo de capital. Segundo ele, é necessário atuar nas causas do baixo crescimento.
Venda de carros populares deve melhorar com incentivos para compactos
No que diz respeito às medidas específicas, está prevista a redução de preços de modelos compactos com motor 1.0 para até R$ 60 mil. Um exemplo é o Renault Kwid na versão Zen, produzido em São José dos Pinhais (PR) e que atualmente custa R$ 69 mil. Esse modelo deve ser o primeiro alvo do programa, e Alckmin já se reuniu com representantes da montadora para discutir os detalhes das mudanças.
Para as marcas que não possuem modelos de baixo custo, o governo planeja criar maneiras de tornar os carros já existentes mais acessíveis por meio de mudanças na tributação. No entanto, para ter acesso aos benefícios fiscais, o carro deverá sair de fábrica com preço de venda de até R$ 60 mil.
O pacote de medidas também deve incluir estímulos à produção local de veículos híbridos e elétricos, algo que interessa tanto às montadoras quanto ao governo. Do lado do consumidor, a ideia é abrir linhas de crédito com o FGTS como garantia. O dinheiro não seria usado para pagar as parcelas, mas em caso de inadimplência, poderia ser retido pelo banco.
Além disso, espera-se que o estímulo à indústria automotiva gere a criação de novos empregos qualificados nas montadoras, que enfrentaram demissões e paralisações nos últimos tempos.