Depois de registrar um prejuízo de 670% no quarto trimestre de 2022, a Marisa informou que irá fechar 90 unidades em todo o país. Esse número representa cerca de 30% das unidades de lojas físicas da companhia. A medida vem como parte do plano de reestruturação da empresa, cujo objetivo é reduzir as despesas atuais da Marisa.
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A decisão foi anunciada pelo próprio CEO, João Pinheiro Batista, durante uma videoconferência de apresentação dos últimos resultados aos analistas de bancos e corretoras.
“A Marisa confirma que, em seu plano de otimização operacional, há a previsão de fechamento de lojas que apresentem geração sistemática de caixa negativo. Serão cerca de 90 lojas, com custo estimado de encerramento das unidades de R$ 50 milhões e capacidade de geração de caixa positivo de R$ 70 milhões por ano já em 2024. A unidade localizada em Cotia deixará de operar a partir de 15 de maio”, afirmou em nota.
Crise da empresa está longe da Americanas
Ao divulgar o tamanho de seu prejuízo, Batista informou que a empresa não está “nem perto” de passar por uma crise como a vivenciada pela Americanas. Aproveitando a deixa, o CEO afirmou que não há “nada fraudulento” nas contas da Marisa e que o balanço financeiro divulgado “não traz nenhuma grande novidade”.
“Todo mundo sabia que seria ruim em razão do cenário do varejo. O mais positivo é o que indica para este ano: a recuperação de margem feita pela área comercial no ano passado é alicerce importante para a redução de custos e entrar em outro patamar de rentabilidade e geração de caixa”, afirmou Batista.
Com a nova reestruturação financeira, a Marisa deve fechar 20 das 90 lojas previstas ainda neste mês. A previsão é de que a medida promova uma geração de quase R$ 70 milhões no lucro e reduza R$ 30 milhões nas despesas.
“Ainda estamos no início da execução do plano de fechamento das lojas deficitárias. O plano é exatamente ir atacando os custos. É preciso reduzir despesas gerais, administrativas e de vendas”, finalizou o CEO da empresa.