O Governo Federal deverá lançar no dia 25 de maio, Dia da Indústria, um novo plano de incentivo com foco no setor automotivo. Durante o 5º Fórum Paulista de Desenvolvimento, o vice-presidente e ministro da Indústria e Comércio, Geraldo Alckmin, afirmou que o governo está preparando “boas notícias para a indústria”. No entanto, sem detalhar maiores medidas.
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Por outro lado, em conversa com as autoridades presentes no evento, o vice-presidente anunciou que o programa irá incluir a redução da carga tributária para o incentivo a venda de carros populares.
Desse modo, o tema está sendo visto com urgência para algumas montadoras e concessionários, devido ao grande movimento de suspensão de produção nas fábricas e os sindicatos de trabalhadores temendo pelas demissões.
Desoneração valerá para veículos abaixo de R$ 100 mil
De acordo com o prefeito de São Bernardo do Campo (SP), Orlando Morando, o vice-presidente indicou que a desoneração da carga tributária será valida para os veículos abaixo de R$ 100 mil. “Nós esperamos medidas efetivas para aquecer a indústria. Ele deu pontos que possam estar envolvidos, não há nada conclusivo, mas existe uma expectativa muito grande para veículos abaixo de R$ 100 mil terem redução na carga tributária como um todo”, afirmou.
“O grande instrumento para aquecer a volta da venda de veículos, além da redução da carga, é dar uma garantia que o dr. Geraldo deixou claro, que é usar o FGTS como fundo garantidor. Nós precisamos oferecer ao órgão financiador uma facilidade de retomar o bem caso o credor se torne insolvente”, esclareceu Morando. Além disso, o prefeito apresentou também demandas para que o pacote inclua benefícios tributários para pessoas jurídicas.
Parcerias Público-Privadas
Ao longo de seu discurso, Alckmin enumerou pontos de melhoria na competitividade do país. De acordo com o ministro, o governo está preparando um programa de Parcerias Público-Privadas e concessões para diminuir o custo de logística gasto pelas indústrias.
Além disso, Alckmin também voltou a argumentar a favor de dois projetos estruturantes propostos pelo Governo Federal: a reforma tributária e a nova Âncora fiscal. O vice-presidente comentou também sobre a estabilidade do preço do dólar. “Hoje, o câmbio de R$ 5 o dólar, é o câmbio competitivo, câmbio bom, não pode ter grandes oscilações”, disse.
Por fim, em relação à taxa de juros e a disputa com o Banco Central, Alckmin disse que está “otimista” por acreditar que “os juros vão cair”. “Você não tem uma inflação de demanda. Não está tendo fila para comprar carro, caminhão. O juro futuro, do mercado, já aponta abaixo de 6%, indica queda. Com câmbio bom, melhorando o sistema tributário e juros para baixo, economia cresce e com uma agenda de competitividade”, completou.