A Petrobras está estudando reduzir novamente o preço dos combustíveis para conseguir compensar a elevação do ICMS, que é um imposto estadual. O aumento do tributo está previsto para julho. Contudo, o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, e o presidente da estatal, Jean Paul Prates, já indicaram que a redução nos valores devem acontecer.
Veja também: Gasolina vai ficar mais barata com nova política de preços da Petrobras?
“Com o aumento [de tributos] previsto para 1º de julho, vai ser absorvido pela queda do preço deixada para esse dia. Nós não baixamos tudo o que podíamos. Justamente esperando o 1º de julho, quando acaba o imposto de exportação e acaba o ciclo de reoneração”, afirmou Haddad durante uma audiência na Câmara.
Além disso, o ministro afirmou também que não vê problemas em reduzir o valor do diesel, cuja desoneração permanece até o fim do ano. A medida seria válida também para o gás de cozinha. E tudo bem, como vai acontecer com o diesel no final do ano. Já deixou uma gordura para computar a reoneração”, completou.
“Circunstâncias vão dizer”
Em contrapartida, Prates não foi tão enfático quando Haddad, afirmando que as “as circunstâncias vão dizer” se será preciso realmente diminuir o preço dos derivados do petróleo. “Quando chegar no dia, vamos saber se cabe ou não cabe absorver o tanto de imposto que vai reentrar”, afirmou durante uma entrevista à GloboNews.
Além disso, durante a entrevista, Prates também criticou a decisão do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) de impor limites nas alíquotas de ICMS sobre os combustíveis. A medida foi implementada em 2022. De acordo com Prates, a decisão do ex-presidente teria sido tomada exclusivamente por interesses políticos, sem se questionar sobre os impactos que isso traria.
“Houve uma decisão, essa sim, puramente eleitoreira e simplista de retirar os impostos dos governadores nos combustíveis. Uma situação completamente inusitada e fácil de fazer. Governar assim qualquer um governa, se tirar os impostos de tudo, tudo baixa de preço”, afirmou.