O que há por trás da ‘febre’ de brasileiros enviando dinheiro para o exterior?

Levantamento da Travelex Confidence aponta que envio de montantes para contas próprias no exterior lidera o ranking das transações cambiais.



Uma das principais motivações do envio de remessas internacionais por parte dos brasileiros é investir. Dados da Travelex Confidence, empresa de câmbio, apontam que a transação mais recorrente, ou seja, 34,8% dos casos, se caracteriza pelo envio de dinheiro de uma pessoa para ela mesmo, em uma conta no exterior. As informações fazem referência ao primeiro trimestre deste ano.

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Na prática, a ação é recorrente em casos de investimentos no exterior ou mesmo para realizar operações a partir de contas internacionais em seu nome, seja pessoa física ou jurídica do tipo offshore ou de investimento. Nestes casos, 47,8% dos recursos tem como destino os Estados Unidos.

Remessas

A prática talvez se explique pelo fato de que dos 4 milhões de brasileiros vivendo no exterior, quase metade mora nos Estados Unidos. Portanto, outro aspecto a se considerar é que, além de investimentos, há também transações feitas por cidadãos que foram morar fora e tem seus custos cobertos por fonte de renda própria no Brasil. É o caso, por exemplo, de aposentados.

Outro estilo de remessa comum são as “Doações ou Transferências sem contrapartida”. Em outras palavras, elas representam 33,4% das transações e costumam ser feitas para manutenção financeira de residentes no exterior. É o caso de estudantes de intercâmbio. Em suma, nestes casos, os Estados Unidos seguem como principal destino, seguido de Portugal e Canadá. Tais países são conhecidos pela concentração de imigrantes brasileiros.

Por fim, viagens também aparecem no ranking de motivações para o envio de montantes para o exterior.

Veja outros motivos de transferências para o exterior (1º trimestre de 2023):

  • Transferência entre contas da mesma pessoa natural ou jurídica: 34,8%
  • Doação ou transferências sem contrapartida: 33,4%
  • Mercado financeiro e de capitais, ações e financiamentos: 16,9%
  • Compra ou venda de serviço: 9,1%
  • Viagem Internacional: 2,6%




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