O mercado automobilístico passou por mudanças significativas nos últimos anos, principalmente por causa das consequências da pandemia, o que deixou os carros com os preços nas alturas, até mesmo os mais populares. A opção mais em conta atualmente está sendo vendida por R$ 70 mil, longe dos R$ 50 mil ideal.
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Para mudar esse cenário, o governo de Lula já sinalizou ao Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio a urgência para resolver a questão dos carros no Brasil. A expectativa é que os automóveis passem a custar R$ 50 mil, contudo é provável que os brasileiros não encontrem esses novos valores nas lojas.
O novo valor entrou na pauta quando o Sindicato dos Metalúrgicos do ABC (SMABC) e o Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese) apresentaram um estudo ao governo com ideias de como os brasileiros poderão adquirir um veículo novo de forma facilitada.
O texto ressalta propostas destacando o incentivo para produção de carros no país, além de opções de crédito que tenham um prazo estendido e que sejam mais baratos. Infelizmente, a ideia pode não dar certo.
Carros não chegar a R$ 50 mil
Podemos considerar o Kwid, o modelo mais acessível atualmente, que está à venda por R$ 68.900. Ao levar em conta todos os impostos, como ICMS, IPI, Cofins, a parcela alcança 30% do valor total do carro. Para reduzir o custo para R$ 50 mil, teria que ocorrer uma redução de 27,4%, deixando de lado quase todos os impostos.
Isso é algo que se apresenta como altamente improvável.
Especialistas do setor explicam que mesmo que as montadoras criem carros menos equipados, ainda será um desafio chegar ao novo número, pois a legislação acerca da segurança dos carros foi atualizada e agora exige mais itens que garantam o bem-estar dos passageiros, assim como menos emissão de gases poluentes.
Em entrevista ao portal Uol Carros, o consultor da Bacellar Advisory Boards, Ricardo Bacella, afirma que a solução estaria na reforma tributária, com mudanças que não atingiriam somente o mercado automotivo.