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Renner em maus lençóis? Por que varejista famosa já fechou 20 lojas?

Após fechar 20 unidades de suas lojas, a Renner afirmou que pretende abrir, no mínimo, mais 30 lojas no país. Mas o que está acontecendo com a empresa?



Após encerrar as atividades de 20 lojas físicas, os consumidores que desejarem adquirir peças nas Lojas Renner terão que fazer uma pesquisa antes de saírem de casa. Do total de lojas fechadas, 13 são da Camicado, 3 da Youcom e 4 da varejista que dá nome ao grupo. Além disso, o encerramento das operações das 20 lojas também veio com uma série de demissões de funcionários.

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No entanto, a companhia não descarta a possibilidade de “algum fechamento” daqui para frente. De acordo com o comunicado, a Renner afirma que será algo “dentro da normalidade”. “Daqui para frente pode haver pontualmente algum fechamento, dentro da normalidade. O que ocorre nos meses seguintes é a retomada do volume de inaugurações de novas lojas”, informou o comunicado.

Por outro lado, a varejista espera abrir entre 15 a 20 lojas Renner, 10 a 15 da Youcom e 5 da Ashua. Mas por que então a rede fechou tantas unidades no começo do ano? Confira abaixo a explicação para o cenário atual da Lojas Renner.

Estratégia errada nas coleções

A varejista iniciou o ano com um alto estoque, precisando reduzir o número de peças guardadas. Dessa forma, a empresa decidiu cancelar a coleção de transição e passar direto para as roupas do inverno. A mesma estratégia foi adotada em 2022 e obteve sucesso. No entanto, parece não ter funcionado muito bem neste ano.

Assim, uma das falhas na estratégia foi devido a temperatura em 2023 ter ficado acima da média do último ano, o que fez com que as pessoas não adquirissem tantas roupas de frio. Além disso, a escolha por preços mais altos impactou no orçamento do público da loja, que não possui condições de arcar com os altos valores das etiquetas.

Desse modo, as vendas das lojas caíram, principalmente após março. “A companhia segue fazendo uma análise do desempenho das suas lojas […] agora levando em conta o fluxo de clientes pós pandemia, o que ocasionou uma revisão maior e mais concentrada nesse início de ano”, afirmou a Lojas Renner em nota.

Inadimplência dos consumidores

Durante um evento anual com investidores, o presidente do conselho de administração da rede, José Galló, afirmou que a equipe “está unida trabalhando”. “O momento está um pouco difícil, o ambiente não nos ajuda muito, e o tempo [clima] e o ambiente ‘macro’ são incontroláveis, mas a empresa tem que ajudar. Podemos não ter feito bem, mas a equipe está unida trabalhando”.

Ademais, em relação a inadimplência dos consumidores, a diretoria financeira afirmou que ela permanece alta, porém não sendo mais um efeito da pandemia. Desse modo, a taxa de contas em atraso com mais de 90 dias subiu 0,8 ponto. Da carteira total da empresa, o volume de dívidas passou de 22,1% de janeiro a março de 2022, para 28,3% em 2023.

Por fim, esses números mostram que as Lojas Renner devem adotar medidas para tentar recuperar seus clientes e conseguir a quitação dos débitos. No entanto, o problema é realizar essas ações sem um cenário mais claro de retomada consistente da demanda.




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