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Terceira maior cervejaria do Brasil pode decretar falência. É o fim da linha?

Recuperação judicial da empresa será julgada no Rio de Janeiro, embora sua sede esteja localizada em São Paulo.



O Grupo Petrópolis, dono da marca Itaipava, teme que um de seus credores acione a Justiça para questionar os motivos pelos quais seu pedido de recuperação judicial foi apresentado no Rio de Janeiro. A sede da cervejaria, que é uma das maiores do país, fica na cidade de Boituva, em São Paulo.

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Em meados de abril, a 5ª Vara Empresarial da Justiça do Rio de Janeiro aceitou o pedido e m plano de recuperação deve ser apresentado em até 60 dias. O grupo alega que seu fluxo de caixa foi comprometido “a ponto de obrigá-lo a buscar a proteção legal com o ajuizamento do pedido de recuperação judicial”.

Walter Faria, proprietário da companhia, teme que a Justiça autorize a transferência do julgamento para São Paulo. Os credores bancários alegam que a presidência do grupo e nove das 31 empresas que o compõem estão no município de Boituva.

A boa notícia para o empresário é que o Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro negou a solicitação feita pelos credores.

“Não faz sentido, após os diversos atos praticados no processo no primeiro grau, conceder efeito suspensivo para paralisar o andamento do feito, pondo em risco a própria recuperação, sem que seja concedida oportunidade ao grupo recuperando de se manifestar a respeito”, justificou o desembargador Marcos Alcino de Azevedo Torres.

Na decisão, ele pontua que não vê problema na nomeação de dois auxiliares do juízo como administradores judiciais, especialmente no que diz respeito às 31 empresas que compõem o grupo.

Recuperação judicial

A cervejaria Petrópolis alega na petição que enfrenta uma crise de liquidez há 18 meses, decorrente da redução de sua receita. As dívidas da empresa somam R$ 4,2 bilhões, sendo 48% delas financeiras e outros 52% com fornecedores e terceiros.

Na última semana, a Justiça concedeu uma tutela cautelar de urgência para liberar recursos da companhia no Banco Santander, Fundo Siena, Daycoval, BMG e Sofisa. As instituições tentaram reter o dinheiro por conta da indicação de insolvência.




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