Para suprir as necessidades de uma família de quatro pessoas, o salário deveria ter sido de R$ 6.652,09 em maio. A informação é do Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese). Na prática, o valor corresponde a 5,04 vezes o do salário mínimo atual, que é de apenas R$ 1.320.
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Se comparado aos dados de maio do ano passado, houve uma ligeira queda. Isso, porque naquela época, o salário ideal deveria ter sido de R$ 6.535,40, correspondendo a 5,40 vezes o valor vigente na época, que era de R$ 1.212.
Cálculo para chegar ao salário ideal
Na hora de calcular o valor ideal do salário mínimo, o Dieese considera o preço de alimentos básicos em 17 capitais brasileiras. O cálculo se justifica no fato de a Constituição afirmar que a remuneração básica deve ser suficiente para suprir as despesas de uma família de quatro pessoas com alimentação; moradia; saúde; educação; vestuário; higiene; assim como transporte, lazer e previdência.
Vale lembrar que, em maio, o preço da cesta básica caiu em 11 das 17 capitais. Ainda assim, para comprar uma cesta, o trabalhador que ganha um salário deve trabalhar uma média de 113 horas. Esse número é menor quando comparado a maio do último ano, quando era preciso trabalhar 120 horas e 52 minutos para comprar o mesmo item.
Neste mês, por exemplo, houve queda no preço do óleo de soja em todas as capitais. Na mesma linha, a carne bovina de primeira também caiu em 14 das 17 cidades. Por outro lado, o açúcar refinado subiu em 14 das 17 cidades pesquisadas. Essa variação para cima se deve às chuvas que dificultaram o transporte de cana no período.
Analise os preços médios nas capitais brasileiras.
Variação da cesta básica
- São Paulo: R$ 791,82 (-0,36% em relação ao mês anterior);
- Porto Alegre: R$ 781,56 (-0,25%);
- Florianópolis: R$ 765,13 (-0,55%);
- Rio de Janeiro: R$ 749,76 (-0,13%);
- Campo Grande: R$ 724,09 (-1,85%);
- Vitória: R$ 706,06 (+0,31%);
- Goiânia: R$ 704,89 (-0,01%);
- Curitiba: R$ 703,83 (+1,41%);
- Brasília: R$ 703,43 (-1,9%);
- Fortaleza: R$ 672,66 (0,43%);
- Belém: R$ 669,80 (+1,37%);
- Belo Horizonte: R$ 666,82 (-0,32%);
- Natal: R$ 602,16 (-0,62%);
- Salvador: R$ 594,32 (+1,42%);
- Recife: R$ 587,13 (-0,84%);
- João Pessoa: R$ 580,95 (-0,76%);
- Aracaju: R$ 553,76 (-0,02%).