Uma pesquisa elaborada pelo Infojobs com o Grupo Top RH, realizada entre abril e maio desse ano, revelou que a maioria dos profissionais aceitaria mudar de trabalho. Isso, é claro, se recebessem uma proposta na qual o expediente fosse feito majoritariamente em home office.
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Home office é a preferência
O estudo mostrou que 85,3% dos trabalhadores entrevistados trocaria de emprego, caso recebessem uma proposta que oferece mais dias de trabalho em casa. O levantamento ouviu a opinião de 1.008 profissionais em todo o território nacional, conforme detalha informações do G1.
Os dados aparecem em um cenário onde os líderes das empresas já solicitaram o retorno do trabalho presencial, contudo os funcionários ainda pedem pela continuidade do home office. A situação ocorreu com a Apple em 2022, onde o CEO, Tim Cook, impôs aos colaboradores que eles voltassem para o escritório por pelo menos três vezes por semana. A resposta foi uma petição para que o modelo de trabalho, considerado flexível por muitos, continuasse.
Profissionais afirmam que qualidade de vida piorou
E ao que tudo indica, a opinião sobre o trabalho remoto não mudou entre os profissionais. No levantamento feito pela Infojobs e pelo Grupo Top RH, um dado que chama atenção é que 64,4% dos entrevistados consideram que rotina de deslocamentos piorou a qualidade de vida quando voltou a ser necessária pela volta do trabalho presencial.
Apenas 14,2 dos respondentes afirmaram que a volta para os escritórios melhorou a qualidade de vida, contudo 21,5% não notaram alterações. O estudo também perguntou aos participantes se as empresas abordaram os profissionais para discutirem sobre a mudança. Infelizmente, 78,5% afirmaram que não foram consultados.
Além disso, a pesquisa indica também que os departamentos de Recursos Humanos não elaboraram ações de engajamento para o retorno, já que 73,9% destacaram que não foram criadas atividades nesse sentido.
O levantamento ainda indica que 47,2% estão trabalhando presencialmente, 33,2% estão no formato híbrido (dias em casa e outros no escritório) e 19,5% continuam no remoto. Boa parte dos entrevistados mora no Sudeste do país e trabalha nas áreas de tecnologia, serviços e financeiro.