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Brasil dos endividados: nível de inadimplência já é o maior em mais de 5 anos

Tem achado o crédito mais caro e difícil? É por isso: número de devedores atinge maior patamar em mais de 5 anos com taxas de juros mais caras. 



A inadimplência em recursos livres atingiu no mês de maio o nível mais alto em mais de 5 anos, acompanhada por um aumento na taxa média de juros ao consumidor, refletindo a deterioração das condições de crédito.

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De acordo com dados divulgados pelo Banco Central na quarta-feira (28), a inadimplência no segmento de recursos livres atingiu 4,9% no mês, em comparação com 4,8% no mês anterior. Esse foi o maior índice registrado desde fevereiro de 2018. Em maio do ano passado, a inadimplência estava em 3,7%.

O resultado reflete os altos custos dos empréstimos, com a taxa básica de juros Selic em 13,75% ao ano, em uma medida do Banco Central para conter a inflação.

Inadimplência atinge maior patamar em mais de 5 anos com taxas mais caras

As taxas bancárias médias também aumentaram em maio. Os juros cobrados pelas instituições financeiras no crédito livre alcançaram 45,4%, um aumento de 0,3 ponto percentual em relação ao mês anterior. Nos recursos direcionados, houve um aumento de 0,3 ponto percentual no mês, chegando a 12,4%.

Já a taxa do rotativo do cartão de crédito atingiu 455,1% ao ano em maio, enquanto a inadimplência nessa categoria subiu para 54%, em comparação com os 52,1% do mês anterior.

Tanto o Banco Central quanto o Ministério da Fazenda afirmam estar avaliando medidas para reduzir o custo do crédito rotativo.

O spread bancário, que é a diferença entre o custo de captação dos bancos e a taxa final cobrada do cliente, aumentou para 33,3 pontos percentuais nos recursos livres, em comparação com os 32,7 pontos do mês anterior.

Também no mês de maio, as concessões de empréstimos no Brasil aumentaram 15,5% em relação ao mês anterior, e o estoque total de crédito registrou um aumento de 0,3%, atingindo 5,387 trilhões de reais.

As concessões de financiamentos com recursos livres, em que as condições dos empréstimos são livremente negociadas entre bancos e tomadores, aumentaram 14,7% em relação ao mês anterior. Já as operações com recursos direcionados, que seguem parâmetros estabelecidos pelo governo, tiveram um aumento de 23,3% no período.




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