O Bolsa Família, maior programa social do país, vem passando por mudanças importantes desde o início deste ano. O governo federal decidiu retomar o nome original e algumas regras importantes do projeto, que haviam sido alteradas pela gestão anterior.
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Além disso, a equipe responsável anunciou a criação de adicionais no valor da parcela de famílias com filhos menores de idade e gestantes. A ideia é adequar valor recebido ao número de membros e à realidade do núcleo familiar.
Outra novidade muito importante, que será implementada a partir do calendário de junho, é um pagamento ao beneficiário que conseguir um emprego formal. Entenda a seguir.
Benefício de R$ 380
A ideia do Ministério do Desenvolvimento Social e Combate à Fome é estimular as famílias do programa a buscar independência financeira por meio da geração de renda. Assim, quando algum membro conquistar um emprego formal, será recompensado com uma parcela média de R$ 380,32.
A ideia é, em vez de excluir esses beneficiários automaticamente, contribuir com sua emancipação. “O objetivo é apoiar a família por um período para assegurar maior estabilidade financeira e estimular o emprego e o empreendedorismo”, explica a pasta.
Chamada de regra de proteção, ela assegura que os cidadãos possam permanecer no Bolsa Família por até dois anos, ainda que conquistem um emprego formal. Para isso, basta que a renda mensal por pessoa não ultrapasse meio salário mínimo.
Quando se encaixar nessa regra, o aprovado terá direito a receber 50% do valor do benefício original durante 24 meses. Se dentro do prazo de dois anos a renda for perdida ou o cidadão deixar o programa voluntariamente, seu retorno para a folha de pagamento estará garantido, bastando procurar o Centro de Referência em Assistência Social (CRAS) mais próximo para solicitar a volta.
Milhares estão na lista
O Ministério do Desenvolvimento Social e Combate à Fome informou que 738,7 mil famílias estão na regra de proteção em junho, e por isso vão receber uma média de R$ 380,32. Desse total, 252,7 mil vivem na região Sudeste do Brasil.
Outras 227 mil famílias moram na região Nordeste, 95 mil no Sul, 82,6 mil no Norte e outras 81,2 mil no Centro-Oeste.
Também em junho, o valor médio do Bolsa Família chegou a R$ 705,40 e o número de beneficiários atingiu 21,2 milhões. Os pagamentos começaram nesta segunda-feira (19) e seguem até próximo dia 30, a um custo de R$ 14,9 bilhões para os cofres públicos.