Depois da Volkswagen ter anunciado uma paralisação em suas fábricas, a General Motors (GM) anunciou nesta quarta (28) que irá diminuir a produção nas suas fábricas de São Paulo. Dessa forma, as montadoras de São José dos Campos e Mogi das Cruzes serão as principais afetadas.
Leia mais: Montadoras de veículos param fábricas no Brasil: o que está acontecendo?
De acordo com o anúncio, a desaceleração deverá ter duração de cinco meses, se iniciando na próxima segunda-feira (3) e podendo ser prorrogada por mais cinco meses. A GM afirmou que o layoff tem o intuito de garantir a sustentabilidade da fábrica no Brasil, se adequando à demanda nacional.
Desse modo, o contrato de trabalho dos funcionários será suspenso a partir de segunda-feira. A decisão foi tomada em conjunto com o sindicato dos metalúrgicos de cada unidade. No comunicado, o Sindicato de Metalúrgicos de São José dos Campos afirmou que a decisão da montadora irá afetar 1,2 mil trabalhadores das fábricas.
Como ficam os trabalhadores atingidos?
Com a medida da GM, os empregados que serão afetados irão receber 100% do salário líquido, pago em parte com os recursos do Fundo de Amparo ao Trabalhador (FAT) e o restante depositado pela própria montadora.
Assim como no caso da Volkswagen, a General Motos afirmou que a decisão se dá devido a “estagnação do mercado”. As paralisações acontecem em meio ao incentivo do Governo Federal para que as montadoras diminuam o preço dos veículos de até R$ 120 mil.
O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, anunciou nesta quarta-feira (28) que o programa será prorrogado de R$ 1,5 bilhão para R$ 1,8 bilhão. Por fim, a ministra do Planejamento, Simone Tebet, afirmou que não basta ofertar benefícios para a indústria automotiva no país sem realização da Reforma Tributária.