Uma situação preocupante envolvendo um superfungo mortal e que gera preocupação no mundo todo está começando a acender um alerta no Brasil. O fungo pode causar infecção na corrente sanguínea e outras infecções invasivas letais. Ele chama atenção pela característica de resistir aos principais medicamentos antifúngicos.
Leia mais: Covid-19 2.0? OMS faz alerta: ‘pandemia mais intensa pode estar a caminho’
Infecção preocupa o Brasil e o mundo
Em Pernambuco, a Secretária de Saúde registrou três casos de Candida auris. O microorganismo representa uma séria ameaça à saúde pública. Confira quais são os riscos do patógeno ao longo do texto.
De acordo com as informações, três homens foram diagnosticados. Eles estavam internados em três hospitais diferentes. O primeiro caso foi identificado no dia 11 de maio. Os outros, em 14 e 23 de maio. A unidade de saúde localizada em Paulista até optou por interromper os atendimentos para que ninguém seja infectado.
A partir do surgimento dos casos, o Governo de Pernambuco informou na última sexta-feira, 26, sobre o desenvolvimento de um grupo para discutir medidas e monitorar todos os fatos acerca do ocorrido. Vale lembrar que essa não é a primeira vez que um surto de superfungo acontece. Nos anos de 2021 e 2022, em Recife, cerca de 47 pessoas enfrentaram a infecção.
Quais problemas o Candida auris pode causar?
O fungo é alvo de preocupação global por causa da dificuldade de controlar e da sua capacidade de resistir a ambientes adversos. Em geral, as leveduras do gênero Candida habitam a pele, a boca e os genitais sem causar complicações, no entanto podem causar infecções, especialmente quando a imunidade da pessoa está comprometida ou quando esse fungo vai se espelhando pela corrente sanguínea ou pelos pulmões.
Tudo isso pode impactar o sistema respiratório e o nervoso central, sem contar que promove problemas para a pele. Os sintomas são febre, calafrios e suores excessivos. Ele pode ter uma alta morbidade e mortalidade associadas. Estudiosos apontam que a infecção pode acometer paciente internados por muito tempo em unidades de terapia intensiva (UTI) ou que tenham passados por procedimentos invasivos.
Além disso, a sua capacidade de resistência faz com que detergentes e desinfetantes comuns não sejam capazes de eliminar totalmente o microorganismo, contudo ainda é importante manter a higiene. O Candida auris já foi alvo de diversos estudos. A recomendação dos pesquisadores ainda é identificar o problema o mais rápido possível para prevenir o contágio.