O programa do governo que reduziu o preço dos carros populares no país terá um fim antecipado e surpreendente. Desde o início deste mês, a medida provisória 1.175 entrou em vigor com o objetivo de baratear os veículos, mas essa iniciativa terá uma duração mais curta do que o esperado.
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A medida de isenção fiscal, que visava impulsionar a indústria automotiva no Brasil, já está com os dias contados. Isso porque, de acordo com o Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (MDIC), após 20 dias de implementação do programa, 80% do limite de R$ 500 milhões para veículos leves já foi atingido.
Com isso, as montadoras utilizaram R$ 400 milhões dos R$ 500 milhões previstos para o programa em suas ofertas para carros populares sob novas condições. Restando apenas 1/5 do teto de incentivo anunciado pelo governo federal, estima-se que o programa chegue ao fim ainda nesta semana, antes mesmo do início de julho.
Programa de incentivo a carros populares não deve ser prorrogado
A expectativa do mercado é que o programa não seja mesmo prorrogado, pelo menos até o momento. A partir do próximo mês, espera-se um aumento nos preços dos veículos populares no país, voltando aos patamares anteriores a este mês, com os carros mais baratos custando pouco menos de R$ 70 mil.
Já com relação aos resultados, enquanto maio foi ruim, o mês de junho pode ser o melhor para a indústria automotiva no Brasil em 2023. Impulsionado pelo programa, o setor pode registrar um aumento nas vendas durante o período.
A proximidade do fim da cota de incentivo oferecida pelo governo, que durou praticamente todo o mês, contribui para essa expectativa. Em maio, segundo a Federação Nacional da Distribuição de Veículos Automotores (Fenabrave), foram emplacados 127.482 automóveis no Brasil. No acumulado do ano, o número chega a 591.442 unidades.
O programa foi anunciado pelo governo no início de junho, resultando na redução dos preços dos automóveis no Brasil com valores de até R$ 120 mil. A ação gerou reduções de até 11,6% (até R$ 8 mil), além dos bônus oferecidos pelas próprias montadoras, com base em critérios de preço, eficiência energética e densidade industrial no país.
Inicialmente, o programa tinha duração prevista de quatro meses (120 dias) ou até que o valor de R$ 500 milhões destinado aos veículos leves se esgotasse, o que ocorresse primeiro. No entanto, devido à alta demanda, o programa chegará ao fim bem antes do que o esperado.
