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Fim do mistério? Estudo diz ter encontrado a definição para felicidade

Estudo revela que as crenças em relação a felicidade desempenham um papel fundamental na busca por bem-estar.



Uma pesquisa recente realizada por uma psicóloga renomada da Universidade de Buffalo, em Nova York (EUA), representa um avanço significativo ao abordar a felicidade por uma perspectiva inovadora. O estudo, liderado por Lora Park e publicado na revista científica Emotion, estabeleceu uma nova escala para mensurar as crenças das pessoas em relação a adiar a felicidade versus aproveitar o momento, e como isso desempenha um papel crucial em suas buscas diárias por metas e bem-estar.

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Como as crenças influenciam a busca pela felicidade?

As pessoas têm diferentes perspectivas sobre a felicidade. Alguns a enxergam como um investimento, onde trabalhar duro e fazer sacrifícios em direção aos objetivos de longo prazo as tornará mais satisfeitas no futuro. Essa visão se assemelha a alguém que coloca dinheiro em uma conta poupança e observa-o crescer.

Por outro lado, existem aqueles que veem a felicidade como algo passageiro, semelhante a alguém que investe no mercado de ações, e lida com as flutuações diárias sem saber quando o mercado estará em alta ou em baixa. Eles acreditam em “viver o momento”, aproveitando as oportunidades para sentir-se bem agora, em vez de adiar para um momento desconhecido.

Os resultados do estudo

Os resultados indicam que adiar a felicidade para perseguir objetivos de longo prazo está associado a uma maior satisfação antecipada e ao sentimento de orgulho ao alcançá-los. No entanto, há um lado negativo nessa abordagem. Park explica que aqueles que adiam, podem experimentar sentimentos de culpa, ansiedade e arrependimento ao se envolverem em atividades que consomem tempo ou energia em projetos distantes.

Na sociedade ocidental, muitas vezes admiramos aqueles que são persistentes em relação aos seus planos, enquanto “viver o momento” pode ser visto como impulsivo. No entanto, é importante reconhecer esse segundo viés também tem vantagens significativas.

As pessoas que adotam essa perspectiva tendem a se envolver em atividades mais divertidas e prazerosas, mesmo que não estejam diretamente relacionadas a sonhos mais robustos e estendidos. Isso contribui para emoções mais positivas e um maior bem-estar geral. Esses indivíduos não veem essas atividades como tempo perdido, arrependimento ou motivo de culpa.

Maleabilidade das crenças sobre a felicidade

A pesquisa de Lora Park revela que a felicidade é frequentemente vista como algo para ser desfrutado agora ou mais tarde. No entanto,   mostra que há custos e benefícios em ambas as perspectivas. Além disso, é importante destacar que essas crenças podem ser maleáveis e sujeitas a mudanças.

Por exemplo, se alguém está prestes a se formar em algumas semanas, pode ser uma boa ideia viver o momento e desfrutar de atividades não relacionadas a objetivos imediatos, sem se sentir culpado por isso.

Não há certo ou errado

Não há uma única perspectiva sobre a felicidade que seja melhor que a outra, de acordo com o estudo. É importante estar ciente dessas diferentes crenças e ter flexibilidade, a fim de maximizar a sensação de bem-estar na vida cotidiana.

Embora a busca por metas de longo prazo seja importante, ela pode resultar em perda de possibilidades de aproveitar o presente. “Há custos associados a essa busca, como deixar passar oportunidades de aproveitar a felicidade agora, o que pode estimular emoções positivas e sentimentos de proximidade e conexão com os outros”, enfatiza Park.




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