Se você viajou de avião nos últimos 12 meses, com certeza conseguiu perceber uma alta nos preços das passagens aéreas. Isso devido aos valores terem acumulado uma alta de 50%. Somente em abril, o aumento foi de 11,97%, após três meses consecutivos de queda. Os dados são do Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA).
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Contudo, esse cenário pode estar prestes a mudar devido às alterações nos impostos e preços de insumos para as companhias aéreas. No fim de maio, o presidente Lula sancionou uma Medida Provisória (MP) que zera as alíquotas do PIS e Cofins sobre as receitas dos aviões até dezembro de 2026.
“Essa MP é um exemplo de medida que traz maior previsibilidade para as empresas, o que é fundamental para a aviação civil poder se recuperar do impacto dos últimos anos e volte a crescer de forma sustentável. Precisamos retomar as condições de custos operacionais que já vivemos anos atrás para seguir com o movimento de ampliação da oferta de voos”, argumenta Jurema Monterno, presidente da Associação Brasileira das Empresas Aéreas (Abear).
Queda também no valor do combustível aéreo
Além da isenção do PIS e Cofins, a Petrobras anunciou na última quinta-feira (1) uma redução de 12,6% no valor de venda no querosene de aviação (QAV) em suas refinarias. Dessa forma, o valor do metro cúbico do combustível, sem a cobrança de impostos, fica entre R$ 3.201,30 a R$ 3.424,50 em Canoas (RS).
De acordo com a Petrobras, esse já é o quarto mês seguido em que é registrado uma queda no valor do produto. Assim, a redução acumulada em 2023 já chega a 35%. O esperado é que a mudança no preço deva impactar no valor das passagens aéreas.
Vale ressaltar que o QAV corresponde a 40% dos custos de uma companhia aérea, sendo que há uma parcela de quase 60% dolarizada.