Terminar um relacionamento nunca é fácil, mas existem algumas formas que podem machucar mais do que outras. Um desses métodos é o famoso “ghosting”, em que uma pessoa simplesmente desaparece sem dar explicações. É como se, literalmente, virasse um fantasma!
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Uma pesquisa recente realizada por especialistas da California Polytechnic State University revelou que o “ghosting” tem um impacto emocional significativo na pessoa que é abandonada dessa forma. O término repentino e sem justificativas deixa uma incerteza que dificulta a exploração de novos relacionamentos românticos.
As marcas do “ghosting” nas relações
Com a tecnologia cada vez mais presente em nossas vidas, temos acesso a um número infinito de pessoas por meio de aplicativos de namoro e redes sociais. Isso acaba tornando os parceiros mais substituíveis e dá aos “fantasmas” uma sensação de segurança e anonimato para desaparecer sem dar satisfações.
Para entender melhor essa experiência, os pesquisadores entrevistaram 21 jovens adultos que foram vítimas do “ghosting”. Eles identificaram quatro temas principais que definem essa situação.
O primeiro tema é a confusão. As pessoas que são dispensadas dessa forma ficam perdidas, tentando entender o que aconteceu e se culpando por algo que pode nem ter sido culpa delas. É uma pergunta que assombra: “Será que fiz algo errado?”.
Outro tema é a busca por justificativas. As vítimas tentam encontrar motivos para o término, mas isso acaba sufocando seus verdadeiros sentimentos de decepção e tristeza.
Um efeito perturbador do “ghosting” é o medo de se abrir novamente no futuro. As pessoas se tornam receosas em se aventurar em novos relacionamentos, com insegurança de se machucarem mais uma vez. Acaba sendo difícil se conectar verdadeiramente com alguém novo.
E não podemos esquecer o papel da tecnologia nisso tudo! Os aplicativos de namoro on-line facilitam o término sem que os “fantasmas” precisem encarar as consequências de suas ações. É como se eles pudessem desaparecer no mundo virtual sem deixar rastros.
Os pesquisadores também apontam que certas características de personalidade, como narcisismo, psicopatia e maquiavelismo, podem influenciar na tendência de praticar o “ghosting”.
Se você já praticou o “ghosting”, é importante refletir sobre suas ações e trabalhar na habilidade de se comunicar de forma direta, mesmo quando a conversa for difícil. Buscar ajuda de um profissional de saúde mental pode ser uma boa opção para desenvolver empatia nos relacionamentos pessoais.
Aos que foram vítimas desse término abrupto, lembrem-se de que não estão sozinhos nessa situação. Evitem se culpar em excesso e resistam à tentação de entrar em contato novamente com a pessoa que fez o “ghosting”. Se necessário, busquem apoio para se recuperar emocionalmente.