A publicação da lista dos 31 modelos de carros com desconto no programa do governo para incentivar as vendas de veículos no Brasil deve acelerar a ida dos consumidores às concessionárias. Desde o anúncio da iniciativa, na semana passada, a procura nas lojas já havia aumentado, mas agora, com a possibilidade de consultar os preços por marca e modelo, a demanda será ainda maior.
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Ao todo, são 233 veículos, considerando as diferentes versões de cada modelo. No entanto, apenas quatro deles atingem o valor máximo de desconto estabelecido no programa, que é de R$ 8 mil. São variações do Renault Kwid e do Fiat Mobi. O benefício é válido para carros com valor de até R$ 120 mil.
A limitação do valor do programa, que destina R$ 500 milhões para a compra de automóveis, com R$ 10 milhões em crédito disponíveis por montadora, faz com que as empresas tenham que selecionar os modelos que serão contemplados.
As nove montadoras participantes do programa receberão um crédito tributário. Inicialmente, todas solicitaram o valor máximo de R$ 10 milhões. Seis delas (Volks, Hyundai, GM, Fiat, Peugeot e Renault) já pediram um crédito adicional de R$ 10 milhões.
Carros com desconto devem esgotar rápido
Por conta do sistema estabelecido para os descontos, algumas montadoras têm apenas quatro modelos na lista, por conta da limitação dos R$ 10 milhões. Alguns modelos já podem ter esgotado devido aos descontos oferecidos antes mesmo da publicação da lista.
“Realmente, o mercado mexeu. Quem tem interesse em comprar, que corra” diz o gerente geral da rede San Marino Fiat, Vilson Caldas.
Segundo o Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (MDIC), até o momento foram solicitados R$ 150 milhões em créditos, o que representa 30% do limite de R$ 500 milhões disponibilizado para o setor.
O desconto já vinha sendo aplicado pelas concessionárias antes mesmo da publicação da lista oficial. Desde que o programa foi anunciado oficialmente em 5 de junho, houve um aumento no movimento das lojas.
A expectativa das entidades do setor é que o recurso total dure menos de um mês, devido à alta demanda dos consumidores. Embora o programa tenha uma vigência de quatro meses, o governo federal já admite a possibilidade de esgotamento antecipado do valor inicialmente definido.
