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O fim está próximo? Saiba por que Google e Facebook estão abandonando o home office

Grandes empresas mundiais se empenham para retomar o formato presencial, indicando um enfraquecimento do modelo remoto.



O mercado de trabalho viveu uma grande mudança durante a pandemia, quando o surgimento de vagas remotas explodiu. Agora, parece que muitas empresas estão fazendo o caminho contrário e voltando a encher seus escritórios, indicando um possível declínio do home office.

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Especialistas acreditam que a nova tendência é o modelo híbrido, que consegue reunir as vantagens do formato presencial com as do remoto. Entretanto, grandes empresas que foram vanguardas na adoção do home office estão voltando ao presencial.

O Google, que adotou o modelo híbrido há mais de um ano, comunicou na última semana aos funcionários que eles precisam aparecer na empresa ao menos três dias ou levarão falta nas avaliações de desempenho. O memorando também inclui os empregados da companhia no Brasil.

Outras gigantes como Facebook, Apple, Amazon e Twitter também parecem ter começado a questionar o trabalho remoto. É bem compreensível que a migração de volta para o sistema tradicional comece pelas empresas do setor de tecnologia, que deram início ao processo contrário.

Falência do home office?

Para Isabela Corrêa, CEO da B.NOUS., o mercado está em um momento de adaptação. “O trabalho remoto, assim como o ensino a distância ou a telemedicina, é uma coisa que veio para ficar de fato, mas que não teve a predominância que achamos, em um determinado momento, que teria. E isso faz sentido. O mercado é grande, as instituições são diversas. Essa é, na verdade, mais uma forma de trabalho, mais uma possibilidade”, avalia.

“Certamente houve um exagero no passado, onde talvez o pêndulo estava totalmente no presencial. Vem a pandemia e aí é esperado que ele vá 100% para o remoto. A hora que você solta o pêndulo de um lado, ele não para no meio. Vai para a outra ponta. Acredito que foi isso que aconteceu. Agora a gente está chegando no equilíbrio para entender em que situações, para quais empresas, para quais culturas, para que time o trabalho remoto pode fazer sentido”, concorda Ricardo Basaglia, CEO do PageGroup no Brasil.

Especialistas afirmam que o retorno ao presencial é estimulado por motivos como queda na produtividade, dificuldade de gerenciamento, espaços físicos ociosos e cultura organizacional inexistente ou insuficiente. Ao Estadão, o Google afirmou que o modelo híbrido está “funcionando bem”, mas a empresa quer ver os funcionários “colaborando pessoalmente”.

Meio-termo

Uma possibilidade mais viável de se consolidar parece ser o modelo híbrido de dois ou três dias de trabalho presencial, segundo Deives Rezende Filho, CEO e fundador da Condurú Consultoria. Ele afirma que alguns dias na empresa são suficientes para resolver problemas como baixa produtividade e solidão.

“Você puxa a cadeira do seu colega, resolve as questões ali na hora pessoalmente, o que é muito mais rápido. Os processos fluem melhor”, exemplifica.

Na visão de Isabela Corrêa, a solução para o empregador é ser criativo, inovar nos benefícios e “conversar. “No início da pandemia, muitas empresas fizeram pesquisas sobre o que os funcionários fizeram. Agora, seria um novo momento de escuta para entender se, nesse novo formato, o funcionário precisa de algum apoio”, finaliza.




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