De acordo com os cálculos da Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores (Anfavea), os R$ 500 milhões disponibilizados pelo Governo Federal para a viabilização dos descontos em carros populares deve durar somente um mês. Conforme as regras liberadas, o programa deve durar cerca de quatro meses, ou até os recursos disponibilizados se esgotarem.
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“Seria interessante que o governo entendesse a importância da geração de tributos com essas vendas e pudesse ampliar os R$ 500 milhões do programa”, explicou Márcio de Lima Leite, presidente da Anfavea.
De acordo com Márcio, o valor deve auxiliar a venda de 100 mil a 110 mil veículos, o que representa somente 5% da produção anual das montadoras. Assim, os descontos ofertados devem ficar entre R$ 4,5 mil e R$ 5 mil por veículo, a depender do modelo e das especificações de cada um.
Descontos seguirão critérios
No anúncio feito nesta segunda-feira (5), o governo afirmou que os descontos irão variar entre R$ 2 mil e R$ 8 mil, de acordo com critérios como eficiência energética do motor, combustível utilizado e número de peças produzidas no Brasil.
Assim, Márcio afirma que o programa é importante para aquecer o mercado de veículos vendidos para pessoas físicas, que está a curtos passos. “Cria-se um ambiente favorável ao aumento de vendas nesse segmento”, argumentou. No caso dos caminhões e ônibus, a Anfavea ainda não concluiu os cálculos para estimar em quanto tempo os recursos tributários ofertados irão se esgotar.
Ao todo, o governo separou R$ 500 milhões para carros, R$ 700 milhões para caminhões e R$ 300 milhões para ônibus e vans. No entanto, para conseguir bancar os descontos ofertados, o governo irá antecipar a reoneração do diesel, que estava previsto somente para janeiro de 2024. Com isso, o retorno acontecerá em duas etapas. A primeira em 90 dias, com a cobrança de R$ 0,11 do imposto sobre o litro do diesel. A segunda, referente ao restante dos R$ 0,35 desonerados, acontecerá somente em janeiro.