No dia 25 de maio, o Governo Federal anunciou o tão esperado pacote de medidas para o retorno dos carros populares a menores preços no país. Dentre as medidas propostas, estão a redução de impostos para os veículos que se encaixem nas condições determinadas. Contudo, foi solicitado um prazo de 15 dias para que o Ministério da Fazenda calcular o tamanho da renúncia fiscal e como irá compensar tais perdas.
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Entre o anúncio do governo e o início de fato dos incentivos, o retorno do carro popular já tem causado consequências indesejadas para os vendedores desse setor. Isso devido ao fato de que o anúncio gerou uma expectativa nos consumidores, que estão aguardando a liberação das medidas para adquirirem seus próprios veículos.
Assim, os lojistas e as concessionárias estão relatando um grande movimento de desistência das negociações que já estavam em andamento, além do cancelamento total de compras que já estavam fechadas. De acordo com o setor, a taxa de cancelamento é de cerca de 20% após o anúncio de Geraldo Alckmin.
O que se sabe sobre a redução de impostos?
De acordo com o anúncio feito pelo vice-presidente e ministro Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços, Geraldo Alckmin, a redução de impostos que impactará os veículos de até R$ 120 mil serão desde 1,5% a 10,79%. No entanto, o valor a ser disponibilizado para o consumidor final irá depender de algumas regras.
Desse modo, o desconto irá variar conforme alguns aspectos:
- Valor atual, sendo que quanto mais barato, maior o desconto;
- Emissão de poluentes do veículo;
- Quanto de componentes nacionais são utilizados na fabricação do modelo desejado.
Os impostos envolvidos nos descontos são o IPI, PIS e Confins. Assim, a Anfavea informou que os modelos mais baratos poderão voltar para a casa dos R$ 60 mil, sem prejuízos de equipamentos e segurança. Cada montadora possui sua política de preços e ficará a cargo de cada uma aderir ou não ao projeto.
Por fim, outras medidas foram anunciadas para a indústria, como a taxa de juros especial para projetos de pesquisa e inovação, além de R$ 4 bilhões do BNDES para aqueles que trabalham com exportação baseado no valor do dólar.