É interessante que o paladar brasileiro nasceu de uma mistura de cores e sabores na cozinha. Esse costume se perpetuou e, hoje, há um acolhimento a muitos ingredientes estrangeiros. O mais recente, de sabor inconfundível, é um fungo comestível não muito comum, conhecido como o diamante negro da gastronomia.
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O que é o diamante negro da gastronomia?
Trata-se da trufa negra. É uma espécie de cogumelo que cresce sob o solo. São da família dos fungos da espécie Ascomycota e se caracterizam também por produzirem muitos esporos.
As trufas espalham os esporos produzidos, sendo vitais para o equilíbrio ecológico e manutenção da espécie na natureza. O motivo? Esses esporos originarão novos descendentes ao longo do tempo.
Como a maioria dos fungos, as trufas crescem perto de árvores e de raízes, com solo bastante úmido. Só que apenas uma região do mundo combina o solo e o clima perfeitos para o aparecimento delas: o sul da Europa. De temperaturas amenas, a região apresenta muitas trufas na Espanha, na França e na Itália. O plantio dura de seis a nove meses, e a colheita acontece normalmente no inverno europeu, entre dezembro e março.
Como se preparam as trufas e quanto custa no mercado?
Desde a Antiguidade na Europa, as trufas negras são utilizadas na gastronomia. Requintada, sempre imprimiu estilo e personalidade. Elas são marcadas por um aroma forte, que desponta no solo antes mesmo delas brotarem. O gosto terroso revela o quanto ela é mesmo um diamante porque apresenta sabor umami, o quinto gosto do paladar humano e um dos mais raros.
Fonte completa de proteína, as trufas negras ainda apresentam fibras, fósforo, cálcio, manganês e ferro. É uma verdadeira injeção de nutrientes que turbina qualquer prato.
Não são tão boas sozinhas, como são acompanhadas em pratos quentes, frios, salgados, doces ou agridoces. Elas incrementam os sabores dos outros ingredientes envolvidos, tornando o prato sensacional. Este produto da alta gastronomia tem um quilo valendo 1.800 euros, equivalente a R$ 10 mil.
